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Ensino para PcD provoca polêmica

CÂMARA DOS DEPUTADOS

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) cobra ex­plicações dos secretários esta­dual e municipal de Educação, respectivamente Rossieli Soa­res e Felipe Elias Miguel, sobre a falta de suporte básico aos alunos com deficiência na rede de ensino de Ribeirão Preto.

Um requerimento foi envia­do nesta semana aos secretários de Educação do Estado de São Paulo e de Ribeirão Preto. O documento também é assina­do pela assistente social Mayra Ribeiro de Oliveira, candidata a vice-prefeita pelo PSOL nas elei­ções municipais de 2020.

Em 11 de abril, os pais e res­ponsáveis por alunos especiais matriculados na rede municipal de ensino participaram de uma audiência pública da Comissão Permanente dos Direitos Hu­manos, Igualdade Racial e Pes­soa com Deficiência da Câma­ra, e puderam sabatinar Felipe Elias Miguel sobre o assunto.

A comissão é presidida pelo vereador Ramon Faustino (Psol, Coletivo Todas as Vozes) e ainda conta com, a partici­pação de Bertinho Scandiuzzi (PSDB) e Paulo Modas (União Brasil). Na ocasião, os pais co­braram o secretário sobre a falta dos professores de apoio para os alunos da educação es­pecial, sobretudo os estudantes do ensino fundamental.

Segundo eles, muitas vezes o aluno é aprovado sem saber ler e escrever. Felipe Elias Miguel diz que está implementando ações para sanar estes problemas, como a formação continuada dos professores regulares, além da recuperação disponibilizada para atender os alunos com pro­blemas de aprendizagem.

Outro problema levantado en­volve o pequeno investimento da Secretaria Municipal da Educação para alunos com deficiência audi­tiva, como a falta de intérpretes de Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). Também reclamaram da falta de material escolar em braile, principalmente livros.

O secretario afirmou que um novo edital para contrata­ção de intérprete de libras de­verá ocorrer nos próximos dias. Segundo a deputada, a inclusão destes profissionais nas salas de aulas faz toda diferença no ensino diário dos estudantes com deficiência. “Estamos en­caminhando este requerimento e continuaremos lutando pela dignidade escolar desses alunos, de suas mães e demais familia­res”, justifica a parlamentar.

Atualmente, a rede mu­nicipal de ensino de Ribeirão Preto tem 856 alunos especiais matriculados. São 274 na edu­cação infantil e 582 no ensino fundamental. Miguel diz ain­da que, em 2019, existiam 162 professores de apoio nas salas de aula e hoje 330 profissionais assessoram os professores re­gulares em 32 postos da rede.

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