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A escolha dos (mais) jovens

Em pouco mais de uma semana, na quarta-feira, dia 4 de maio, termina o prazo para os jovens com idades en­tre 16 e 18 anos se inscreverem como eleitores na Justiça Eleitoral. Por não ser o voto obrigatório nesta faixa etária, muitos jovens deixam de tirar o título eleitoral e, com isso, abrem mão do direito de decidir qual o melhor candidato para governar sua cidade, seu estado ou seu país. Também deixam de escolher seus representantes nas casas legislati­vas nos três níveis de representação.

O direito ao voto de pessoas com 16 e 17 anos foi estabele­cido na Constituição Federal de 1988, com a redemocratiza­ção do país, e a ausência deles nas eleições deixa uma lacuna importante e que precisa ser preenchida com a participação do maior contingente possível de eleitores dessa faixa etária, que embora não obrigados, têm o direito de votar, porque os parlamentares constituintes viram naquele momento a neces­sidade de ampliar a participação popular nas decisões, como forma de fortalecer a democracia.

Há, ainda, muitos jovens que deixam de participar do pro­cesso por falta de vontade e de incentivo. Até o final de março, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou pouco mais de 1,05 milhão de eleitores com 16 e 17 anos de idade. É um número pequeno, levando-se em consideração que há 20 anos, em 2002, os aptos a votar passavam de 2,2 milhões. Mas como em cada eleição há uma estatística diferente, é bastante prová­vel que o número aumente até o final do prazo estabelecido.

Até porque a participação destes jovens tem se mostrado significativa. Nas duas últimas eleições nacionais – 2014 e 2018 – chegou a cerca de 80%. Para ampliar este percentual, o TSE tem desenvolvido campanhas de incentivo ao alistamento elei­toral dos jovens. As informações veiculadas têm a linguagem deles e são apresentadas por pessoas da mesma faixa etária, com forte veiculação em redes sociais. Também os candida­tos buscam a participação destes eleitores mais jovens e com grande poder de decisão, porque são bastante exigentes, o que qualifica a escolha.

E a quase totalidade destes jovens é capaz de decidir bem. É nesta idade, por exemplo, que eles escolhem qual curso superior pretendem fazer, uma das mais importantes escolhas da vida de qualquer pessoa. Por isso, e pela quantidade e qua­lidade de informações que eles procuram obter, os jovens têm relevância na escolha das mulheres e homens que vão dirigir o país e governar estados e municípios. A maioria está bem informada e sabe o que é melhor na hora de votar.

E o que o TSE tem informado em suas campanhas é a faci­lidade de se obter o título eleitoral. Todo o processo pode ser feito sem sair de casa. Tudo pode ser feito pelo site do Tribu­nal, de forma online, rápida e sem qualquer custo para o elei­tor. Na página do TSE há inclusive texto específico sobre quem pode obter e como pode ser obtido o título eleitoral, baseado em quatro perguntas, já que a campanha tem como mote o número quatro, em função de a data limite ser 4 de maio. O esforço tem sido considerável e pode levar a bons resultados.

E nunca é demais lembrar que o voto é facultativo nesta faixa etária, mas não é possível votar sem ter tirado o título eleitoral dentro do prazo estipulado. É ele quem dá o direito de participação nas eleições. Assim, mesmo que agora não esteja convencido de que irá votar, é recomendável tirar o título de eleitor. Vai que a campanha eleitoral e seus amigos e parentes o incentivem a votar. É sempre bom estar preparado para ajudar a fortalecer a democracia do país. E então, bora votar?

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