A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP/SP) divulgou as “Estatísticas da Criminalidade”. Todos os crimes contra o patrimônio avançaram em março na comparação com fevereiro e a alta também foi generalizada no trimestre. Homicídios e estupro caíram.
Ribeirão Preto registrou três homicídios em janeiro, quatro em fevereiro e quatro em março deste ano, sem alteração em relação ao mês anterior. São onze no primeiro trimestre, três a menos que os 14 registrados no mesmo período de 2021, queda de 21,4%.
A média em 2022 é de um caso a cada oito dias. A cidade teve 56 homicídios em todo o ano passado, contra 49 de 2020, sete a mais e alta de 14,3%. Significa uma morte a cada seis dias em 2021. A taxa de casos por 100 mil habitantes subiu de 6,62 para 7,69, a maior desde 2016, de 7,79.
Em fevereiro houve um latrocínio – roubo seguido de morte. Em 2021, foram registrados casos em julho e dezembro, mas no ano anterior foram quatro. No balanço anual a queda foi de 50%. Somando as duas modalidades – homicídios e latrocínios –, Ribeirão Preto terminou 2021 com 58 assassinatos, cerca de um a cada seis dias. Em 2022 já são oito.
Um dado que ainda preocupa envolve a ocorrência de estupros. Foram doze em janeiro, nove em fevereiro e cinco em março de 2022, quatro a menos e queda de 44,4% em relação ao mês anterior, totalizando 26 em 90 dias. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, quando 32 foram registrados, são seis a menos e recuo de 18,8%.
A média em 2022 é de aproximadamente um caso a cada três dias e meio. Dos 26 estupros deste ano, em 18 as vítimas são crianças ou adolescentes, 69,2%. No ano passado houve aumento de 135,7%. Ao contrário dos crimes contra o patrimônio, este tipo de atentado só pode ser evitado se a vítima denunciar.
Foram 132 casos contra 56 de 2020, ou seja, 76 a mais. A média ficou em um a cada três dias. Oitenta e oito crianças ou adolescentes foram vítimas deste tipo de crime no ano passado, 66,7% do total. Em 2020, em 44 das denúncias as vítimas eram vulneráveis (78,6%).
Os furtos de veículos somam 489 no primeiro trimestre deste ano, contra 333 do mesmo período de 2021, alta de 46,8% e 156 ocorrências a mais. A média em 2022 é de cinco casos por dia. A alta em março na comparação com fevereiro, de 138 para 190, é de 37,7%. São 52 a mais. Este tipo de crime aumentou 49,8% no ano passado, de 1.146 em 2020 para 1.717. São 571 a mais, com média diária de quase cinco.
Os roubos de veículos cresceram 25,8% nos primeiros 90 dias deste ano na comparação com o mesmo período de 2021, de 93 para 117. São 24 a mais. Esta modalidade criminal subiu 36,4% em março em relação a fevereiro, de 33 para 45, ou doze a mais. No ano passado esse crime avançou 11%, de 360 para 398. São 38 a mais. A média foi pouco superior a um por dia.
A taxa de furto e roubo de veículos por 100 mil habitantes saltou de 216,89 para 307,01. Em 2019 era de 330,49. Já os casos por 100 mil veículos avançaram de 273,73 para 378,26. Em 2019 foi de 416,51. A taxa de furto por 100 mil veículos passou de 208,30 para 307,08 (em 2019 foi de 311,83). A taxa de roubo por 100 mil veículos subiu de 65,43 em 2020 para 71,18 (chegou a 104,68 em 2019).
O índice de recuperação de veículos pelas polícias Civil e Militar subiu de 67 em fevereiro para 70 em março, três a mais e avanço de 4,5%. O total de 224 no primeiro trimestre deste ano é 56,6% superior aos 143 do mesmo período de 2021. São 81 a mais. Em 2022, mais de dois carros, motos, caminhonetes, caminhões e afins são devolvidos aos donos todos os dias. O avanço no ano passado foi de 76,3%, quando 624 foram devolvidos aos proprietários, contra 354 de 2020. São 270 a mais.
Os casos de furtos em geral somam 2.143 em três meses, média de 24 por dia e alta de 32% em relação aos 1.624 do mesmo período do ano passado, 519 a mais. Na comparação entre fevereiro e março, avançou 32,6%, de 631 para 837. São 206 a menos. No balanço anual, saltaram de 6.176 em 2020 para 7.558 no ano passado, alta de 22,4% e 1.382 a mais. A média diária ficou em 21. A taxa disparou de 889,44 para 1.097,12 por 100 mil habitantes. Era de 1.287,94 em 2019.
As ocorrências de roubo – quando a vítima sofre ameaça (entram na estatística os de carga e a bancos) – avançaram de 550 no primeiro trimestre de 2021 para 662 em três meses deste ano, alta de 20,4% e 112 a mais. A média diária está em sete. Houve aumento em março, de 203 em fevereiro para 275 no mês passado, alta de 35,5% e 72 ocorrências a mais. Saltaram de 1.922 em 365 dias de 2020 para 2.536 no ano passado.
São 614 a mais e alta de 31,9%, com média diária de sete. A taxa passou de 276,80 para 368,13 por 100 mil habitantes. Chegou a 434,57 em 2019. A Secretaria de Segurança Pública e as polícias Civil e Militar pedem à população que registre boletim de ocorrência. Assim, as corporações podem definir estratégias de combate à criminalidade e reforçar o policiamento ostensivo e preventivo nas regiões com mais incidência de crimes.