O preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP), o popular gás de cozinha, bateu novo recorde em Ribeirão Preto, segundo o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, realizado entre 17 e 23 de abril, e está perto de superar R$ 120.
A ANP jamais havia constatado um valor tão elevado desde o início da série histórica. O botijão de 13 quilos do gás de cozinha (GLP-13) vendido em Ribeirão Preto custa, em média, R$ 118,14 (mínimo de R$ 106 e máximo de R$ 125).
Antes, o preço médio mais alto fora constatado na semana de 27 de março a 2 de abril, de R$ 116,28 (piso de R$ 106 e teto de R$ 125). O valor de R$ 118,14 é 3,3% superior ao cobrado até dia 16 de abril, de R$ 114,33 (mínimo de R$ 100 e máximo de R$ 125), aporte de R$ 3,81.
A pesquisa aponta que há locais na cidade onde o produto custa R$ 125, mas esse valor pode passar de R$ 130 com a taxa de entrega em domicílio. Para compra na revendedora, já está entre R$ 115 e R$ 123, dependendo da região da cidade, apesar de a ANP indicar piso de R$ 106.
As 24 distribuidoras de gás de Ribeirão Preto vendem, em média, 3.300 unidades por dia para os comerciantes. O gás ribeirão-pretano está 6,5% abaixo dos R$ 126,38 cobrados em Itapeva (piso de R$ 120 e teto de R$ 135,50), o produto mais caro do estado.
São R$ 8,24 de diferença. Em comparação com o de Cosmópolis, de R$ 98,99 (mínimo de R$ 94,99 e máximo de R$ 99,99) – o mais barato dentre as cidades paulistas e o único abaixo da casa de R$ 100 –, o de Ribeirão Preto custa R$ 19,15 a mais, variação de 19,3%.
Nos últimos doze meses, até março deste ano, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do gás avançou 29,65% no país. No mês passado houve aumento de 6,55%. No trimestre, a inflação é de 5,68%.
O acumulado em 2021 ficou em 36,99%. Em 9 de abril, o preço do gás liquefeito de petróleo ficou 5,5% mais barato, em média, nas refinarias da Petrobras. O preço do quilo do GLP passa a ser de R$ 4,23, informou a estatal. Em 11 de março, a Petrobras havia elevado o combustível em 16%, acompanhando a alta do preço do petróleo.
Com a queda de 5,5%, o botijão do gás de cozinha, de 13 quilos, passou a ser de R$ 54,94 em média, refletindo redução de R$ 3,27 por 13 quilos, de acordo com a própria estatal. Até o reajuste da Petrobras chegar ao consumidor, são acrescidos tributos federais e estaduais.
Ainda entram na conta, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel. Também considera os custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis.
A estatal destaca ainda que 43% do preço ao consumidor final correspondem atualmente à parcela da Petrobras e os demais 57% traduzem as parcelas adicionadas ao longo da cadeia até clientes finais como tributos e margens brutas de distribuição e revenda.