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Esportes

Max Verstappen e Elaine Thompson são os destaques do Prêmio Laureus

© Divulgação/Prêmio Laureus/Direitos Reservados

O piloto holandês Max Verstappen, atual campeão mundial de Fórmula 1, e a velocista jamaicana Elaine Thompson-Herah, campeã olímpica nos 100 e 200 metros e no revezamento 4×100 metros nos Jogos de Tóquio (Japão), foram eleitos os Esportistas Masculino e Feminino da última temporada na edição 2022 do Prêmio Laureus, considerado o Oscar do esporte mundial. O anúncio ocorreu neste domingo (24) durante uma cerimônia virtual realizada em Sevilha (Espanha).

“Significa muito receber este prêmio, um dos mais conceituados do mundo. Estou extremamente feliz. Desde criança, eu sonhava em estar no degrau mais alto, ganhar o campeonato. Disse ao meu pai [o ex-piloto Jos Verstappen, também holandês]: ‘Conseguimos!’ Foi para isso que trabalhamos todos esses anos. Agora estamos aqui, nós dois, com todas as memórias e todos os anos viajando por toda a Europa, buscando nosso objetivo, que foi alcançado”, celebrou Verstappen à assessoria de imprensa do Laureus.

“Sei que Usain [Bolt, ex-velocista jamaicano] já ganhou o Prêmio Laureus anteriormente, mas trazer esse troféu de volta ao Caribe, novamente na Jamaica, é muito especial. Assisti àquela corrida [de 100 metros] cerca de mil vezes. Mesmo sendo muito especial, são lembranças. Não posso sentar e dizer ‘OK, sou bicampeã olímpica e cinco vezes medalhista de ouro olímpica’. Tenho que continuar trabalhando, porque minha motivação é ser ainda melhor”, destacou Elaine, também em comunicado da organização do evento.

O surfista potiguar Ítalo Ferreira, campeão olímpico em Tóquio, foi indicado ao prêmio de Melhor Esportista de Ação, mas a honraria foi dada à britânica Bethany Shriever. Ela obteve a medalha de ouro do ciclismo BMX tanto no Japão como no Mundial de Arnhem (Holanda). Para competir nos Jogos, ela recorreu a um financiamento coletivo para viabilizar a campanha de qualificação e arrecadou 50 mil libras esterlinas (R$ 308,7 mil, na cotação atual).

A seleção italiana de futebol masculino, campeã europeia em 2021, ganhou como Melhor Time do Ano. Curiosamente, a equipe não conseguiu se classificar para a Copa do Mundo deste ano, no Catar, sendo eliminada pela Macedônia do Norte na repescagem do Velho Continente.

O norte-americano Tom Brady, astro do futebol americano, foi homenageado com o prêmio Realização de Vida, pela conquista do Super Bowl pela sétima vez. A quebra do recorde de gols do ex-jogador alemão Gerd Müller na Bundesliga (Campeonato Alemão) rendeu ao atacante polonês Robert Lewandowski o Feito Extraordinário do ano. O piloto italiano Valentino Rossi recebeu a honraria de Ícone Esportivo da última temporada, ao se aposentar das pistas após uma carreira de 25 anos na motovelocidade.

O Esportista Paralímpico do ano foi o suíço Marcel Hug. Especializado em provas de longa distância, o cadeirante obteve quatro medalhas de ouro na Paralimpíada de Tóquio (800 metros, 1.500 metros – na qual quebrou o recorde mundial -, cinco mil metros e a maratona). Ele também esteve no topo do pódio das Maratonas de Berlim (Alemanha), Nova York e Boston (ambas nos EUA).

A tenista britânica Emma Raducanu, de 18 anos, foi eleita a Revelação da temporada, após conquistar o US Open, sendo a primeira a vencer um dos quatro maiores torneios do mundo (os Grand Slams) saindo da etapa classificatória. Outra britânica agraciada foi Sky Brown, escolhida como o Melhor Retorno do ano passado. A skatista de 13 anos, que sofreu uma fratura no crânio durante um treino em junho de 2020, conquistou a medalha de bronze do street (estilo praticado em obstáculos de rua) feminino em Tóquio (a brasileira Rayssa Leal foi a vice-campeã olímpica da prova).

O Lost Boys Inc., projeto de beisebol juvenil na cidade norte-americana de Chicago, levou o prêmio Esporte Para o Bem. A Fundação Real Madrid, idealizada pelo clube espanhol homônimo, que capacita treinadores de futebol e basquete para desenvolver jovens pelo esporte, recebeu a honraria Esporte Para a Sociedade. Por fim, o ex-atacante Gerald Asamoah e os jogadores negros do futebol alemão que aparecem no documentário Schwarze Adler (Águias Negras, em tradução livre), foram lembrados no prêmio Atleta Defensor de Causas.

A votação é secreta e feita por um júri composto pelos 71 membros da Academia Laureus, formada por ídolos do esporte mundial que atuam na promoção de ações da entidade. O Brasil tem três representantes: o ex-piloto Emerson Fittipaldi, o ex-lateral Cafu e o ex-nadador paralímpico Daniel Dias (o último deles a integrar o grupo).

Edição: Fábio Lisboa

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