Tribuna Ribeirão
Saúde

Inflação da baixa renda chega a 12%

Foto: Pixabay

A inflação acumulada nos últimos doze meses atinge com mais força as famílias mais po­bres e chega a 12% para aquelas com renda domiciliar menor que R$ 1.808,79. A análise foi divulgada nesta quinta-feira, 14 de abril, pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Apli­cada (Ipea), com dados que vão até março.

A variação de preços acu­mulada em um ano cai con­forme a renda aumenta e chega a 10% entre as famílias mais ricas, que ganham mais de R$ 17.764,49 por mês. As demais faixas de renda tive­ram inflação de 11,6% (renda baixa e média-baixa), 11,1%, (renda média), e 10,4% (ren­da média-alta).

Quando considerado ape­nas o mês de março, o cenário se repete: as famílias de renda muito baixa tiveram inflação mensal de 1,74%. A variação de preços foi de 1,72% para as famílias de renda baixa; de 1,70%, para as famílias de ren­da média-baixa; de 1,63%, para as famílias de renda média; de 1,51%, para as famílias de ren­da média-alta; e de 1,24% para as famílias de renda alta.

As faixas de renda consi­deradas na pesquisa do Ipea são: muito baixa (menor que R$ 1.808,79), baixa (de R$ 1.808,79 a R$ 2.702,88), mé­dia-baixa (de R$ 2.702,88 a R$ 4.506,47), média (de R$ 4.506,47 a R$ 8.956,26), mé­dia-alta (de R$ 8.956,26 a R$ 17.764,49) e alta (maior que R$ 17.764,49).

A inflação oficial de mar­ço calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es­tatística (IBGE) para toda a população brasileira foi de 1,62%, a maior para um mês de março desde a implanta­ção do Plano Real, em 1994. Em doze meses, o indicador acumula aumento de 11,3%.

Alimentos e transporte
O Ipea explica na análi­se que os preços dos grupos alimentos e bebidas e trans­portes foram os principais responsáveis pela pressão in­flacionária no mês de março, sendo o primeiro mais rele­vante na cesta de compras das famílias de menor renda. Para as outras faixas de renda, pesaram mais os aumentos do grupo transporte, espe­cialmente dos combustíveis.

Além de o grupo alimentos e bebidas ter sido responsável por uma pressão inflacionária relevante, dentro desse grupo foram muito afetados, itens de grande relevância para as fa­mílias de menor renda, como arroz (que subiu 2,7%), feijão (6,4%), cenoura (31,5%), ba­tata (4,9%), leite (9,3%), ovos (7,1%) e pão francês (3,0%).

Segundo o IPCA, a ce­noura subiu 31,47% em mar­ço, acumulando aumento de 166,17% em doze meses. As famílias mais pobres sofreram ainda o impacto do reajuste das tarifas de ônibus urbano (1,3%) e interestadual (3%) e os aumentos de 6,6% do preço do gás de botijão e de 1,1% da energia elétrica. Para as famí­lias de maior renda, a inflação foi mais impactada pelas altas de 6,7% da gasolina, de 13,7% do óleo diesel e de 8% dos transportes por aplicativo.

Por outro lado, houve que­da de 7,3% nas passagens aé­reas e de 0,69% nos planos de saúde. Ao analisar os últimos doze meses, o Ipea afirma que a maior pressão inflacionária para as famílias de renda mais baixa vem do grupo ‘habita­ção’, no qual pesaram os rea­justes de 28,5% das tarifas de energia elétrica e de 29,6% do gás de botijão.

Essas famílias também fo­ram as que mais sentiram as altas dos alimentos em domi­cílio, principalmente os reajus­tes de 55,9% dos tubérculos, de 8,1% das carnes, de 18,9% de aves e ovos, de 13,5% dos leites e derivados e de 10,8% dos pa­nificados. As famílias de maior renda, por sua vez, sentiram mais a pressão dos combustí­veis, como gasolina (27,5%), etanol (24,6%), diesel (46,5%) e gás natural (45,6%), além do reajuste de 42,7% do transpor­te por aplicativo.

Postagens relacionadas

RP adota medidas contra o coronavírus

Redação 1

Hemocentro de RP convoca doadores

Redação 1

Covid-19 causa 18 mortes em 5 dias

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com