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Bandeira verde pode vigorar até dezembro

CAIO CORONEL/ITAIPU

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) infor­mou nesta segunda-feira, 11 de abril, que a bandeira verde da energia elétrica deve vigorar até dezembro. Novas mudan­ças não são esperadas até o fim de ano. Significa que provavel­mente as tarifas não voltarão a sofrer acréscimos em 2022.

“Essa é a expectativa”, diz Luiz Carlos Ciocchi, diretor­-geral do ONS. A entidade é responsável por coordenar e controlar as operações de ge­ração e transmissão de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN). O sistema de bandeiras tarifárias é o que de­fine o real custo da energia.

Quando as condições de geração de energia não são fa­voráveis, é preciso acionar as usinas termelétricas, elevando os custos. Assim, cobranças adi­cionais têm por objetivo cobrir a diferença e também funcionam para frear o consumo.

Quando vigora a bandei­ra verde, não há acréscimos na conta de luz. A agência aprovou em julho reajuste nas bandeiras amarela e vermelha patamar 1. A taxa cobrada pela bandeira amarela aumentou de 39,5%, de R$ 1,343 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) para R$ 1,874. Já a bandeira verme­lha 1 passou de R$ 4,169 a cada 100 kWh consumidos para R$ 3,971 – redução de 4,75%.

Em junho, a agência já havia aprovado um aumento de 52% no valor da bandeira vermelha 2. Até então o valor cobrado era de R$ 6,24 a cada 100 kWh, mas subiu para R$ 9,49. Em setembro, ao criar a bandeira “escassez hídrica”, a fatura teve acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh, alta de 46,93%.

Essa bandeira está vigente há sete meses, desde setembro, e vai terminar neste sábado, 16 de abril, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME). Segundo o governo federal, a medida era necessária para compensar os custos da gera­ção de energia. A energia ficou mais cara em consequência do período seco em 2021.

O ano passado foi apontado como o pior em 91 anos. Cioc­chi afirma que, com o volume de chuvas registrado desde o fim do ano passado, a atual situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas permitirá ao país atravessar o restante do ano de forma mais tranquila e segura do que em 2021.

“Sudeste e Centro-Oeste ter­minam o período de chuvas no melhor nível desde 2012”, obser­va. Segundo o diretor-geral da ONS, a geração térmica deverá se limitar às usinas inflexíveis, que são aquelas que não po­dem parar e que possuem uma capacidade em torno de quatro mil MW (megawatts).

Nos piores momentos da cri­se hídrica de 2021, as térmicas respondiam por mais de 20 mil MW. Atualmente, as hidrelétri­cas são responsáveis por cerca de 65% da geração de energia no país. A matriz brasileira vem sendo modificada nos últimos anos com o crescimento de no­vas fontes renováveis, como eó­lica, que já representa aproxima­damente 9% do total.

A conta de luz de 322.817 consumidores da CPFL Paulis­ta em Ribeirão Preto e mais 4,4 milhões de clientes espalhados por outras 233 cidades do esta­do de São Paulo está, em média, 14,97% mais cara desde sexta­-feira (8), devido à revisão tarifá­ria da concessionária de energia elétrica que atende a região.

Para os consumidores re­sidenciais, o aumento foi de 13,8%. Para os clientes da alta tensão – indústrias, shopping centers e outros estabeleci­mentos de grande porte – o reajuste ficou em 16,42%. Para os consumidores de baixa ten­são, como pequenos negócios, exceto os clientes residenciais, a alta será de 14,24%.

No ano passado, segundo o Índice Nacional de Pre­ços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Ins­tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço da energia elétrica avançou 21,21% no país. Em março de 2022, a alta foi de 0,87%. No acumulado em doze meses, a conta de luz sobe 27,82%. No primeiro trimestre de 2022, a tendência é de estabilidade, com leve aumento de 0,04%.

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