Por Matheus Piovesana
Os números de assaltos e tentativas de assalto a agências bancárias caíram de 58 para 37 entre 2020 e 2021, uma redução de 36,2%, de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) Desde 2000, a queda é de 98%. Nos ataques a caixas eletrônicos, a queda foi de 38,7% no mesmo período, para 266, segundo o levantamento.
Foram considerados os dados de 17 instituições financeiras, que juntas, respondem por mais de 90% do mercado bancário. O volume total de crimes praticados contra agências e caixas eletrônicos recuou 38,4% no ano passado.
Para o presidente da Febraban, Isaac Sidney, a queda é fruto de investimentos do setor em segurança. “O setor bancário está fortemente empenhado em ações tecnológicas e novos produtos que reduzem a necessidade do uso de dinheiro em espécie e em grandes quantias, o que tem sido fundamental para desestimular as ações criminosas, das quais os bancos também são vítimas”, diz ele.
Em dez anos, os bancos triplicaram os gastos com segurança, para R$ 9 bilhões ao ano. Ainda de acordo com a Febraban, os investimentos em tecnologia, que direcionam os clientes para canais digitais, reduzem a necessidade de dinheiro vivo nas agências e o manuseio de dinheiro em espécie, o que também aumenta a segurança.
Os assaltos a banco seguem uma tendência de queda desde o ano 2000, quando 1.903 ocorrências foram registradas no País. Já nos ataques a caixas eletrônicos, o pico foi em 2014, com 3.584 ocorrências.
Nos últimos anos, a rede física dos bancos tem encolhido, diante da menor demanda dos clientes por atendimento presencial no setor. Além disso, de acordo com a Febraban, as instituições têm uma parceria próxima com as polícias Civil, Militar e Federal e com o Poder Judiciário para combater a criminalidade.
Em 2021, a maior parte dos assaltos a bancos ocorreu no segundo trimestre, enquanto o maior volume de ataques a caixas eletrônicos foi registrado no primeiro trimestre do ano.