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Conta de luz sobe 13,8%

© Marcello Casal jr/Agência Brasil

A conta de luz de 322.817 consumidores da CPFL Paulis­ta em Ribeirão Preto e mais 4,4 milhões de clientes espalhados por outras 233 cidades do es­tado de São Paulo vai ficar, em média, 14,97% mais cara a par­tir de sexta-feira, 8 de abril, de­vido à revisão tarifária da con­cessionária de energia elétrica que atende a região.

Para os consumidores re­sidenciais, o aumento será de 13,8%. Para os clientes da alta tensão – indústrias, shopping centers e outros estabeleci­mentos de grande porte – o reajuste ficou em 16,42%. Para os consumidores de baixa ten­são, como pequenos negócios, exceto os clientes residenciais, a alta será de 14,24%.

Em nota publicada em seu site, a Aneel diz que, dentre, dos componentes que mais impactaram neste processo tarifário, destacam-se os en­cargos setoriais e atividades relacionadas à distribuição e compra de energia. Em 22 de abril do ano passado, a Ane­el aprovou reajuste médio de 8,95% na conta de luz da CPFL Paulista.

Para os consumidores re­sidenciais e pequenos comér­cios, que também entravam na faixa de baixa tensão, o aumento foi de 8,64%. Para os clientes da alta tensão – indústrias, shopping centers e outros estabelecimentos de grande porte – o reajuste fi­cou em 9,60% e começou a valer cerca de 15 dias depois da data da revisão de tarifa da concessionária, 8 de abril.

Em 2020, a agência suspen­deu por 90 dias a aplicação do reajuste da tarifa da CPFL Paulista, em acordo com a concessionária. O diferimento havia sido solici­tado pela própria empresa e o reajuste médio de 6,05% passou a valer em 1º de julho.

Para os consumidores re­sidenciais e pequenos comér­cios, que também entram na faixa de baixa tensão, o au­mento foi de 5,17%. Para os clientes da alta tensão o reajus­te ficou em 6,72%. Em 2019, a conta de luz em Ribeirão Preto subiu, em média, 8,66%.

A Aneel autorizou, dentro do processo de revisão tari­fária anual da CPFL Paulista, reajuste nas faturas da conces­sionária. Para os consumido­res residenciais, a alta foi de 7,87%. Pequenos comércios ti­veram reajuste de 8,34%. Para os clientes da alta tensão o au­mento foi de 9,30%.

Bandeira tarifária
Em abril termina o contra­to do governo federal com as usinas térmicas. O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em 17 de março, em transmis­são ao vivo nas redes sociais, que a bandeira escassez hídrica e os acordos com termelétri­cas vão acabar. “Contratamos no ano passado termelétricas. Esse contrato acaba agora em abril, superbandeira deixa de existir”, diz

O anúncio oficial, no en­tanto, caberá à Agência Na­cional de Energia Elétrica. Em setembro, o valor da taxa adi­cional cobrada nas contas de luz passou de R$ 9,49 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos para R$ 14,20, alta de 49,63%. O valor irá vi­gorar até o último dia de abril e provocou aumento real de 6,78% na tarifa média.

A diretoria da Aneel apro­vou, em 15 de março, novo empréstimo ao setor elétri­co que envolverá até R$ 5,3 bilhões. Os recursos serão usados para bancar medidas adotadas para evitar falhas no fornecimento de energia no ano passado, quando o país enfrentou uma grave escassez nos reservatórios. O socorro financeiro irá evitar um au­mento expressivo nas contas de luz neste ano, mas será pago pelos consumidores a partir de 2023, com juros.

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