Tribuna Ribeirão
Cultura

Rato de Redação – Livro resgata história de ‘O Pasquim’

REPRODUÇÃO

Após o golpe militar de 1964, a repressão a tudo que parecia contrário ao regime se tornou ainda mais severa com o AI-5, Ato Institucio­nal emitido em 1968. Neste contexto de censura e cer­ceamento de liberdades, ur­gia na sociedade brasileira o desejo por um canal capaz de exasperar todas as indig­nações relacionadas ao mo­mento. Foi desta necessida­de que nasceu, em 1969, “O Pasquim”, semanário que se tornaria ícone do jornalismo alternativo brasileiro.

Para resgatar a história do tabloide que questionou os rumos do regime militar com muito humor e boas doses de deboche, a Matrix Editora lança “Rato de Re­dação – Sig e a História do Pasquim”, do produtor cul­tural, editor literário e jorna­lista, Marcio Pinheiro. Com narrativa fluída e repleta de detalhes, a obra percorre o caminho de 22 anos de ativi­dade do periódico. Tudo isso acompanhado do simpático Sig, o rato símbolo do jornal, desenhado pelo cartunista Jaguar.

Desde a primeira capa, Sig teve destaque garantido no Pasquim. Ele interferia com seus comentários sarcásti­cos em quase todas as maté­rias, artigos, entrevistas e até anúncios. “É a presença mais constante durante as mais de duas décadas de existência do jornal”, conta Marcio Pinhei­ro. O personagem, aliado ao teor humorístico e à lingua­gem coloquial do semanário, agradou o grande público e, já em 1969, a publicação che­gou à tiragem de duzentos mil exemplares.

Rato de Redação reconta desde a escolha do nome do jornal – que na definição do dicionário tem um significa­do quase pejorativo – passan­do pela prisão de boa parte da equipe do veículo, em 1970. A queda do regime militar, a re­tomada da abertura política, a redemocratização, as crises financeiras e as divergências internas que aconteceram até seu fechamento em 1991 também são retratadas neste lançamento indicado para os apaixonados pela história do Brasil.

Sobre o autor
Márcio Pinheiro é produ­tor cultural, editor literário e jornalista. Colaborou e cola­bora com publicações locais e nacionais como as revistas Florense, Placar, Showbizz, Billboard e os jornais O Es­tado de São Paulo, Jornal do Comércio e Zero Hora. É também roteirista de docu­mentários.

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