Tribuna Ribeirão
Economia

Preços da Páscoa têm variação de quase 224%

AGÊNCIA BRASIL

O Núcleo de Inteligência e Pesquisas da Fundação Pro­con de São Paulo (Procon-SP) – órgão ligado à Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania – comparou preços de produ­tos para a Páscoa como caixa de bombons, ovos de choco­late e tabletes de diversas mar­cas, tipos e modelos.

O levantamento foi realiza­do em nove sites, no período de 14 a 17 de março. Foram pesquisados 81 itens entre cai­xa de bombons, ovos de Páscoa e tabletes de chocolates. Foram comparados os produtos en­contrados em, no mínimo, três dos locais consultados.

A maior variação encontra­da pela Fundação Procon-SP foi de 223,64% no tablete de chocolate meio amargo 40% de 92 gramas da Hershey’s, que em um estabelecimento cus­tava R$ 12,46 e, em outro, R$ 3,85, diferença de R$ 8,61 em valor absoluto.

Entre os ovos de Páscoa, a maior variação encontrada foi de 144,65% no Ferrero Rocher de 365 gramas. Em um estabelecimento foi en­contrado por R$ 178,35 e, em outro, era vendido a R$ 72,90. Em valor absoluto a diferença chega a R$ 105,45.

Nas caixas de bombons, a maior variação constatada pela Fundação Procon de São Paulo chega a 96,54%: a caixa de Sor­tidos Garotices de 250 gramas da Garoto custava R$ 16,49 em uma loja e, em outra, saía por R$ 8,39, diferença de R$ 8,10 em valor absoluto.

Na comparação dos produ­tos comuns entre as pesquisas online de 2022 e 2021 consta­tou-se que houve, em média, acréscimo no preço médio nos bombons de 2,36%, nos table­tes de chocolate de 13,02% e, nos ovos de Páscoa de 19,53%. O Índice de Preços ao Consu­midor da Fundação Institu­to de Pesquisas Econômicas (IPC/FIPE) referente ao perío­do de março de 2021 a feverei­ro de 2022 registrou variação de 10,35%.

Segundo pesquisa da Con­federação Nacional do Co­mércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), sete dos oito principais bens e serviços con­sumidos na Páscoa estarão mais caros este ano do que em 2021. Na média, os itens subiram 7,0%, maior elevação de preços desde 2016, quando houve aumento de 10,3%.

“A queda nas importações de bacalhau, na contramão do aumento das quantidades im­portadas de produtos à base de chocolates, é um indício de que o varejo está apostando na melhor saída de produtos mais baratos a partir da aceleração dos índices gerais de preços”, avalia o economista Fabio Bentes, responsável pelo le­vantamento da CNC, em nota.

Os chocolates devem su­bir 8,5% ante 2021, enquanto o bacalhau deve estar 3,0% mais barato. Os demais au­mentos são esperados nos bo­los (+15,1%), azeite de oliva (+12,6%), pescados (+4,8%), refrigerante e água mineral (+7,1%), vinho (+3,9%) e ali­mentação fora de casa (+6,9%). Segundo a Associação Paulista de Supermercados (Apas), os ovos de Páscoa estão até 40% mais caros em relação a 2021.

O estudo da Apas, porém, indica que outros produtos mais consumidos na Páscoa estão com os preços em de­saceleração, em comparação com o mesmo período do ano passado. Produtos como baca­lhau, chocolate, vinho, massa fresca, pescada e bombom ten­dem a apresentar menor acele­ração nos preços até a Páscoa ou mesmo, em alguns casos, uma leve redução.

Os especialistas do Procon­-SP orientam o consumidor a fazer uma comparação entre os preços praticados por dife­rentes estabelecimentos, ainda que em lojas virtuais, consi­derando a relação qualidade, peso e preço do item a ser ad­quirido. Nas lojas virtuais, é fundamental também compa­rar o preço do frete. Produtos licenciados com personagens em geral têm um preço mais elevado, em face do repasse do custo deste licenciamento.

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