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Fila do asilo tem 68 idosos em RP

ALFREDO RISK/ARQUIVO

Ribeirão Preto tem 68 ido­sos à espera de vagas em ins­tituição de longa permanência (ILP), o popular asilo. Destes, 24 ainda aguardam análise pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) para saber se preenchem os re­quisitos previstos em lei. Caso atendam aos critérios, entrarão na fila junto aos demais 44.

A informação foi divulga­da pela secretaria em resposta a requerimento protocolado na prefeitura de Ribeirão Pre­to pelo vereador Marcos Papa (Podemos). No documento, o parlamentar solicitou um posi­cionamento sobre a fila de es­pera. A pasta mantém parceria com cinco asilos que realizam parte da política de assistência social do município.

O serviço de acolhimen­to é direcionado para idosos com 60 anos ou mais, de am­bos os sexos, independentes fisicamente e em contexto de vulnerabilidade. Para ser aceito é necessário que todas as possibilidades de autos­sustento e convívio com os familiares estejam esgotadas – situação em que os vínculos familiares ou sociais estejam fragilizados ou rompidos.

Atualmente, são disponi­bilizadas 217 vagas pelo mu­nicípio. São 49 no Lar Padre Euclides, 85 na Casa do Vovô 5 de Setembro, 25 no Lar Santa Rita, 24 na Casa do Vovô Al­bano e 34 no Lar dos Velhos da Igreja Presbiteriana. Para analisar a política municipal do setor, Papa propôs a criação de uma Comissão Especial de Estudos (CEE) na sessão de 29 de março.

A CEE dos Asilos será ins­talada na próxima terça-feira, 5 de abril, e será composta por Papa, Sérgio Zerbinato (PSB) e Maurício Gasparini (PSDB). Na justificativa o parlamentar argumenta que Ribeirão Preto não tem insti­tuição de longa permanência municipal, dependendo de entidades filantrópicas e que isso precisa ser discutido.

Afirma ainda que a cida­de possui um número alto de residências de acolhimento de idosos que estão na ilegali­dade. Números da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) mostram que, em 2021, o índice de envelhe­cimento no Estado de São Pau­lo foi de 83 pessoas de 60 anos ou mais para cada 100 meno­res de 15 anos.

Ainda segundo a Seade, por causa da pandemia de coronavírus, a expectativa de vida dos paulistas em 2020 foi estimada em 75,4 anos, valor menor que em 2019, quando a esperança de vida ao nascer era de 76,4 anos. Regrediu sete anos, voltando a números que eram apresentados em 2013.

Para os homens, a expecta­tiva de vida caiu mais do que para as mulheres. Entre as pes­soas do sexo feminino, a vida média caiu de 79,4 para 78,7 anos, com perda de 0,7 ano em 2020. Já entre os paulistas do sexo masculino passou de 73,3 para 72,0 anos, uma redução de 1,3 ano.

A expectativa de vida ao nascer no Brasil em 2020 era de 76,8 anos, alta de dois me­ses e 26 dias em relação ao ano anterior (76,6 anos). Segundo o Instituto Brasileiro de Geo­grafia e Estatística (IBGE), no entanto, a idade foi estimada caso o país não tivesse passado pela pandemia de covid-19.

É esperado que o aumen­to no número de óbitos em decorrência da doença tenha abreviado essa esperança de vida, dado que só deve apa­recer nos números de 2022 (divulgados em 2023). De acordo com o instituto, sem considerar os efeitos da co­vid-19, a expectativa de vida para os homens era de 73,3 anos em 2020. Já para as mu­lheres, a esperança de vida era de 80,3 anos.

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