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Transporte – MP ainda aguarda documentos de consórcio

ALFREDO RISK

O promotor de Defesa do Consumidor de Ribeirão Preto, Carlos Cezar Barbo­sa, ainda aguarda o envio dos documentos solicitados ao Consórcio PróUrbano – grupo concessionário do transpor­te coletivo em Ribeirão Preto, formado por Rápido D’Oeste (50%) e Transcorp (50%).

O representante do Mi­nistério Público de São Paulo (MPSP) instaurou, em 16 de março, inquérito civil para in­vestigar o descumprimento na prestação de serviços pelo gru­po concessionário do trans­porte coletivo em Ribeirão Preto. O consórcio tem uma frota de 354 ônibus e opera 117 linhas na cidade.

O promotor também afir­mou ao Tribuna que notifi­cou oficialmente a Empre­sa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp). Quer o total de multas e autuações aplicadas ao Consórcio PróUrbano para decidir se entrará com uma ação civil pública.

Barbosa diz que vai analisar detalhadamente os documen­tos e pode propor um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a prefeitura de Ribeirão Preto e o consórcio. Tanto o PróUrbano quanto a Transerp têm 15 dias contados a partir da notificação para en­viar os documentos.

O inquérito foi instaurado devido às reclamações feitas por passageiros e dos recentes acidentes envolvendo usuários do transporte coletivo, como a queda de uma senhora de um micro-ônibus do sistema Leva-e-Traz – linhas comple­mentares do transporte coleti­vo urbano de Ribeirão Preto –, em 9 de março.

Ela caiu quando o veícu­lo fez uma curva na avenida Heráclito Fontoura Sobral Pinto, no Jardim Guaporé, Zona Sul da cidade. Os pas­sageiros postaram vídeos nas redes sociais mostrando que a porta do veículo estava presa com arame. Procurado pelo Tribuna, o grupo concessio­nário não se manifestou.

Autuações
O Consórcio PróUrbano foi autuado 518 vezes nos me­ses de janeiro e fevereiro e até 15 de março, média de sete multas por dia. As penalidades foram aplicadas pela Transerp. O valor total das autuações chega a R$ 150 mil, consequ­ência do descumprimento de vários serviços prestados pelo Consórcio PróUrbano.

Segundo o Tribuna apu­rou, o grupo entrou com re­cursos que teriam sido nega­dos pela Transerp – a empresa não confirma. As autuações foram aplicadas por vários motivos, como superlotação de veículos, descumprimento de horários, atrasos, desvio de itinerários das linhas de ônibus e falta de higienização.

No ano passado
No ano passado todo foram 606 autuações por descumpri­mentos de itens do contrato de prestação do serviço. Ao todo, as punições resultaram em multas no valor de R$ 150.079,06, o mesmo montan­te registrado em menos de três meses deste ano.

As 518 autuações de 2022 já representam 85,5% do total de 2021. Entre os principais motivos de autuações estão o não cumprimento de horá­rios e o excesso de tempo de parada nos pontos de ônibus. Cerca de 700 motoristas es­tão ligados ao grupo.

Ouvidoria
Segundo dados da Ouvido­ria da Transerp, no ano passado o Consórcio PróUrbano foi alvo de 2.704 queixas de usuários, média de sete reclamações por dia. No primeiro bimestre deste ano, entre janeiro e fevereiro, já são 665, média diária de onze e 24,6% do total de 2021.

Somente em janeiro, o 0800 da Transerp recebeu mais de 300 reclamações de usuários. A Transerp informa que pro­move ações de fiscalização e vistoria nos veículos e, quan­do o problema é detectado, o Consórcio PróUrbano é noti­ficado, podendo ser multado.

Tarifa cara
Depois de ser notificado sobre as autuações, o consór­cio tem 30 dias para recorrer. Dados da Transerp indicam que houve um aumento de 132,1% no volume de pas­sageiros em cerca de quatro meses, de aproximadamente 56 mil por dia em junho para 130 mil atualmente.

São 74 mil a mais. Em 16 de fevereiro, o valor da passa­gem de ônibus foi reajustado em 19%. A tarifa do transporte coletivo urbano saltou de R$ 4,20 para R$ 5, acréscimo de R$ 0,80. Vereadores entraram com ações judiciais para bar­rar o aumento e aprovaram um decreto suspendendo o re­ajuste, mas a medida não teve resultado prático.

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