Por Paulo Favero
A Copa do Mundo no Catar terá uma bola que foi projetada para ser mais rápida que qualquer uma de suas antecessoras. A fabricante adidas procurou adaptar o equipamento ao jogo moderno e de velocidade e, para isso, criou um modelo que ela garante que consegue “viajar mais rápido em voo” do que as outras bolas.
A empresa explica que o novo design permite que a bola tenha uma velocidade significativamente maior durante sua trajetória no ar, mas sem perder a estabilidade, garantindo uma precisão nos chutes.
Batizada de Al Rihla, que em árabe significa “A Jornada”, a bola foi projetada nos laboratórios da empresa na Alemanha e testada em túneis de vento e no gramado, até chegar ao modelo atual, que rompe uma tendência das últimas edições de diminuição no número de painéis, popularmente chamado de gomos.
Se a Teamgeist (2006) tinha 14 gomos, a Jabulani (2010) contava com oito, a Brazuka (2014) era composto de apenas seis, mesmo número da Telstar 18, da Copa do Mundo da Rússia, desta vez a bola terá 20 gomos, em dois formatos diferentes.
Inspirada na arquitetura, nos tradicionais barcos locais e na bandeira do Catar, a bola possui cores intensas e vibrantes que fazem uma alusão à cultura do país e à velocidade do jogo. O branco ganhou um tom perolado e esta é a primeira bola da Copa do Mundo a utilizar exclusivamente tintas e colas à base de água, segundo a fabricante, para respeitar o meio ambiente. Além disso, ela terá 1% de suas vendas líquidas para o movimento Common Goal, a fim de ajudar a impulsionar mudanças sociais.
As novidades tecnológicas da bola do Mundial deste ano se tornaram frequentes nas últimas edições da Copa. O evento virou um importante laboratório para experimentar novas tecnologias. Se nas primeiras edições ela era costurada com cadarço e ficava muito mais pesada em jogos com chuva, com o tempo ela foi evoluindo no tipo de material usado e no formato dos painéis.
A partir da Copa de 1970 ela estreou a versão preta e branca, que foi muito tradicional, e só em 1998 ganhou mais cores. A partir do Mundial em 2002, as inovações ficaram mais nítidas e as bolas passaram a contar com tecnologia para melhorar o desempenho dos jogadores e auxiliar na precisão dos chutes.