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Aprovado ‘reajuste’ de professor em SP

ROVENA ROSA/AG.BR.

A chamada “nova carreira docente”, que define o salário inicial de R$ 5 mil, em jornadas de 40 horas, para professores da rede estadual e outros benefícios para a categoria, foi aprovada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) na noite desta ter­ça-feira, 29 de março.

A proposta da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) agora segue para sanção do governador João Doria (PSDB). A aprova­ção do projeto de lei comple­mentar (PLC) número 003/22 também prevê aumento de 10% para os integrantes do quadro do magistério, ativos e inativos, independente da ade­são da nova carreira.

Os quadros de apoio esco­lar e da Secretaria da Educação foram contemplados no PLC número 002/22, aprovado na se­mana passada pela Alesp. Após a sanção, a regulamentação da Lei da Nova Carreira Docente será feita em no máximo 60 dias.

O novo valor do salário ini­cial é 73% maior em compara­ção à remuneração do ano pas­sado e 30% a mais que o novo piso nacional, e passa a ser pago a partir do momento da adesão, que é voluntária. Os servidores temporários e novos ingressos já serão automaticamente en­quadrados no novo modelo e os demais professores terão até dois anos para aderir.

O aumento de 10% será pago retroativo à data-base de 1º de março. Além disso, o topo da carreira também será valorizado. Com as promoções por desenvolvimento e desem­penho, o valor do salário de um docente poderá chegar a R$ 13 mil na referência L15, a mais alta da carreira, segundo o novo projeto.

Além de valorizar o profes­sor, o que é fundamental para a melhoria da aprendizagem dos estudantes, a nova carreira tam­bém visa atrair jovens talentos para serem professores no futu­ro, e assim formar os professores para a educação do século 21.

Segundo estimativas feitas pela Secretaria de Estado da Educação, a iniciativa receberá investimentos de R$ 3,7 bilhões. No dia 22, a Assembleia Legisla­tiva já havia aprovado o projeto que autoriza reajuste salarial de servidores públicos paulistas.

A proposta que eleva em 10,3% o salário mínimo es­tadual (projeto nº 097/2022) também já foi aprovada em 23 de março. Os trabalhadores que se enquadram na faixa 1 passaram a receber R$ 1.284, e os que fazem parte da faixa 2, vão ganhar R$ 1.306. Os rea­justes também são retroativos à data de 1º de março.

O governo do Estado infor­mou que o aumento nos salá­rios é possibilitado pelo supe­rávit de R$ 5,9 bilhões obtido por São Paulo em 2021. Pro­fissionais de saúde e das forças de segurança paulistas, o que inclui policiais civis e militares, terão aumento de 20% nos sa­lários a partir de março.

Demais servidores do Estado terão acréscimo de 10% na re­muneração. Ao todo, São Paulo conta com 541.133 funcionários públicos. São 276.365 da área de segurança e outros 9.689 da saú­de. As outras áreas do governo contam com 195.079 servido­res, mas Doria diz que a medida abrange 700 mil trabalhadores.

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