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Dignidade Íntima – Programa de R$ 30 mi passa na Alesp

© Marcello Casal jr/Agência Brasil

O Dignidade Íntima, cria­do em 2021 a partir de um decreto assinado pelo gover­nador João Doria (PSDB), vai virar lei. A Assembleia Legis­lativa de São Paulo (Alesp) aprovou no início da noite de terça-feira, 15 de março, pro­jeto de lei que institui o pro­grama como ação permanente da Secretaria da Educação nos estabelecimentos de ensino de todo o estado.

O projeto de lei retorna para o Executivo para ser san­cionado. Com o objetivo de combater a pobreza menstrual e seu impacto na educação, sobretudo na evasão escolar, a iniciativa recebeu investimen­tos de mais de R$ 30 milhões em 2021 para garantir a distri­buição gratuita de itens de hi­giene menstrual às estudantes da rede estadual de educação, além de formação para elas e profissionais da área.

A compra dos materiais é realizada através do Pro­grama Dinheiro Direto na Escola (PDDE). O Dignida­de Íntima foi instituído, ini­cialmente, por um decreto do governo publicado em 19 de junho de 2021, pela Secre­taria da Educação. Em 25 de fevereiro deste ano, seu pro­jeto de lei foi encaminhado pela Secretaria da Casa Civil à aprovação da Alesp.

Inserido no conjunto de políticas responsáveis e aco­lhedoras do Governo dirigi­das ao público feminino, o projeto já mobilizou muitas comunidades escolares no es­tado com o engajamento dos profissionais das escolas e das estudantes na abordagem e divulgação do assunto no seu núcleo social, principalmente dentro do ambiente escolar.

Segundo a Educação, con­ceder às escolas recursos para adquirir artigos de higiene menstrual para as alunas em condição de pobreza e extre­ma-pobreza tem como obje­tivo garantir maior igualdade de oportunidades para essas meninas, bem como as con­dições necessárias de saúde e segurança para que possam desenvolver seu processo de aprendizagem e oportunida­des de desenvolvimento.

Diante de todos esses desa­fios, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu, em 2014, o direito das mulhe­res à higiene menstrual como uma questão de saúde pública e de direitos humanos. Países como a Austrália, Canadá, Ín­dia e Quênia e em 33 dos 50 estados dos Estados Unidos já possuem alguma política rela­cionada à pobreza menstrual.

A aprovação na Alesp contou com a inclusão de seis emendas ao projeto, que serão submetidas à análise técnica do governo de São Paulo an­tes da sanção do Governador João Doria. Duas promovem o acesso à informação sobre saúde e higiene menstrual, por meio de ações ou campanhas educativas. Outras quatro am­pliam o escopo do programa para o fornecimento dos itens de higiene menstrual e forma­ção educacional às alunas dos níveis fundamental, médio, técnico e tecnológico do Cen­tro Paula Souza.

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