Tribuna Ribeirão
Economia

Moagem de cana cai 12,8% em 2022

DIVULGAÇÃO

Na segunda quinzena de fe­vereiro de 2022, a moagem de ca­na-de-açúcar atingiu 159,4 mil toneladas no Centro-Sul, ante 669 mil toneladas (-76,18%) processadas no mesmo perío­do do ano passado. A segunda metade de fevereiro contou com nove unidades produto­ras em operação, sendo uma usina de cana-de-açúcar, seis de empresas que produzem etanol a partir do milho e duas unidades “flex”.

Nos últimos 15 dias de fe­vereiro, não foi registrada pro­dução de açúcar. A produção de etanol, por sua vez, atingiu 129,3 milhões de litros, sen­do 118,7 milhões fabricados a partir do milho. A moagem acumulada desde o início da safra 2021/2022 até 15 de feve­reiro atingiu a marca de 521,78 milhões de toneladas, regis­trando retração de 12,86% frente ao mesmo período do ciclo de colheita anterior.

A produção acumulada de etanol atingiu 27,17 bilhões de litros (-8,83%), é composta pela fabricação de 10,91 bilhões de li­tros de etanol anidro (+12,39%) e 16,26 bilhões de litros de etanol hidratado (-19,08%). A parcela do produto fabricada a partir do milho totalizou 3,16 bilhões de litros, com avanço de 37,15% em relação à safra 2020/2021.

As vendas de etanol hidra­tado no mercado interno al­cançaram 1,11 bilhão de litros em fevereiro, com redução de 28,78% sobre o montante apurado neste mesmo período em 2021. O diretor técnico da União da Indústria da Cana­-de-Açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues, comenta.

“A despeito da queda no volume comercializado de hi­dratado quando comparado com o ano anterior, obser­vou-se um avanço de 26,20% das vendas de fevereiro frente àquela de janeiro de 2022, mes­mo com um menor número de dias desse mês. Esse fato é um indicativo da recuperação do consumo do biocombustível”.

A quantidade comercializa­da de etanol anidro no mercado doméstico, por sua vez, registrou variação positiva de 14,56% em fevereiro, com 842,04 milhões de litros vendidos nesse ano ante 735,02 milhões de litros no ano anterior. No acumulado desde abril de 2021, as empresas ven­deram um total de 24,96 milhões de litros (-12,08%), consideran­do tanto volumes destinados a exportação quanto consumo em mercado interno. O etanol anidro totalizou 9,92 milhões de litros (+7,10%), enquanto o hi­dratado registrou 15,04 milhões de litros (-21,37%).

Dados da Datagro indicam que a safra de cana-de-açúcar no Centro-Sul 2022/23 deve ser de 562 milhões de toneladas. Com relação à produção de etanol, é esperada uma alta em relação à safra anterior, alcançando 29,8 bilhões de litros, em relação aos 27,7 bilhões de litros pro­duzidos anteriormente.

A produção de açúcar deve alcançar os 33 milhões de tone­ladas, alta de 2,8% em relação ao ciclo anterior, com 44,7% da matéria-prima destinada para a produção de açúcar. É esperado um superávit de 1,15 milhão de toneladas do adoçante no merca­do global em 2022/23, frente um déficit de 1,2 milhão em 2021/22, tendo Brasil e Índia como os maiores produtores mundiais.

O preço do álcool com­bustível disparou nas usinas paulistas e registrou a segunda alta semanal consecutiva. Des­ta vez, o aumento foi de 8,2% e pode ter reflexo nas bombas. O valor do hidratado fechou a semana acima de R$ 3,15, de­pois de “encostar” nos R$ 3,90 no final de 2021. Saltou de R$ 2,9211 para R$ 3,1606.

O preço do anidro – adi­cionado à gasolina em até 27% – avançou 3,83%. Fechou a se­mana acima de R$ 3,30. Passou de R$ 3,2217 para R$ 3,3452. Os dados foram divulgados na sex­ta-feira, 11de março, pelo Cen­tro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universida­de de São Paulo (Esalq/USP).

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