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Câmara apura atraso em obra do Bom Prato

Foto: DIVULGAÇÃO

A Comissão Especial de Estudos (CEE) do Bom Prato, que acompanha a construção do segundo restaurante da rede em Ribeirão Preto, pró­ximo à Unidade Campus do Hospital das Clínicas, decidiu convocar a construtora res­ponsável pelas obras para que ela preste informações sobre a data da entrega do prédio para a prefeitura.

Os vereadores da comissão afirmam que as obras estão atra­sadas. A CEE é composta pelo presidente Igor Oliveira (MDB), Jean Corauci (PSB) e Matheus Moreno (MDB). A convocação foi decidida em reunião realiza­da na quinta-feira, 10 de mar­ço. A segunda unidade da rede Bom Prato em Ribeirão Preto está sendo construída na ave­nida Governador Lucas No­gueira Garcez nº 500, no bairro Cidade Universitária, na Zona Oeste, a 700 metros da Unida­de Campus do HC.

O último balanço, anun­ciado em 9 de dezembro pelo governo Duarte Nogueira (PSDB), dizia que 70% das obras já haviam sido concluí­das. O espaço deveria atender já no primeiro trimestre de 2022, segundo a própria pre­feitura, que em 17 de fevereiro anunciou nova data: primeiro semestre. O Bom Prato do HC vai custar R$ 3.663.727,33.

A Construsantos Comér­cio e Construção Civil, de Bro­dowski, é responsável pela obra do novo edifício. O restaurante contará com área total de 2.460 metros quadrados, sendo 1.103 m² de área construída. O Bom Prato da rua Saldanha Marinho tem 410 metros quadrados, ou seja, a unidade na Zona Oeste será seis vezes maior – o res­taurante do Centro também vai ganhar nova sede, muito maior.

A empresa vencedora re­cebeu oficialmente a ordem de serviço em 24 de fevereiro do ano passado. Pelo contrato, te­ria o prazo de nove meses para a conclusão das obras e, portan­to, deveria ter sido concluída no final de novembro de 2021. Igor Oliveira afirma que, para escla­recer em definitivo o assunto, a comissão vai ouvir, em 22 de março, o representante da Cons­trutora. Já no dia 29 de março a CEE ouvirá a secretária munici­pal de Assistência Social, Renata Corrêa Gregoldo, para falar so­bre o assunto.

Após a conclusão da obra, o espaço receberá mobiliário que atende aos padrões defini­dos pela Secretaria de Desen­volvimento Social do Estado de São Paulo. Energeticamente sustentável, o prédio funciona­rá 100% por energia solar, con­tará com climatização interna e captação de água da chuva para reutilização.

Além disso, terá uma ala para estacionamento de vans e ambulâncias, incluindo as vans que transportam os pacientes do restaurante para o Hospital das Clínicas. A elaboração do projeto executivo custou R$ 70,5 mil ao governo do Estado e foi elaborado pela empresa Ivo Fer­riani Arquitetura Ltda.

Depois de inaugurado, o Bom Prato do HC deverá ser­vir 1.400 almoços diariamente, dos quais 140 para crianças com até seis anos de idade e 1.260 para adultos, de segunda a sexta-feira, exceto aos feria­dos. O valor pago pelos usuá­rios será de R$ 1 e as crianças até seis anos estarão isentas.

Também está previsto o fornecimento de 300 cafés da manhã diários, a R$ 0,50 para os usuários. O custo total do almoço será de R$ 5,70 e do café da manhã R$ 1,96. A dife­rença entre o preço pago pelo usuário e o valor total das re­feições será subsidiada pela es­fera pública.

A unidade será operada pelo Instituto Protagonismo, em parceria no regime de mú­tua cooperação em interesse público e recíproco com a pre­feitura de Ribeirão Preto, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, e o go­verno de São Paulo, por meio da Secretaria do Desenvolvi­mento Social e Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nu­tricional (Seds/Cosan).

Unidade do Centro vai atender em nova sede

REPRODUÇÃO

Atualmente, o Bom Prato do Centro, na rua Saldanha Marinho nº 765, no Centro de Ribeirão Preto, serve diariamente mais de 2.300 refeições, sendo 1.750 no almoço e 300 no jantar a R$ 1, além de outras 300 no café da manhã, a R$ 0,50. A entidade responsável pela unidade é a Associação Espírita Casas de Betânia.

Desde sua inauguração, em novembro de 2005, o restaurante já atendeu mais de 4,6 milhões de pessoas. A prefeitura e a Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo anunciaram a ampliação e modernização da unidade Bom Prato do Centro, com a transferência para um espaço novo, ainda na região central.

O novo Bom Prato vai atender na rua Lafaiete, na altura do nº 60, com investimento de R$ 2,2 milhões por ano. Em 22 de outubro, foi apresentado ao prefeito Duarte Nogueira (PSDB), o projeto executivo final da nova unidade do restaurante do Centro.

O restaurante popular será referência no programa estadual, com um novo conceito estrutural, que visa o acolhimento às pessoas em situação de vulnerabilidade social. A unidade contemplará um espaço pet com o propósito de acolher os cães de estimação dos frequentadores do restaurante, especialmente aqueles que estão em situação de rua.

A iniciativa visa incluir o maior número de pessoas, inclusive as que por muitas vezes deixam de utilizar o restaurante popular, por não ter onde deixar seus cachorros. Trata-se de um espaço seguro, que abrigará os animais enquanto seus donos fazem suas refeições.

Um anexo para o acolhimento prioritário a pessoas em situação de vulnerabilidade social e que fazem uso do restaurante também faz parte do projeto. Serão prestados serviços de higiene, como banho, oferecimento de roupas limpas, corte de cabelo e barbearia, permi­tindo maior dignidade às pessoas que mais precisam.

O anexo será construído ao lado da nova unidade Bom Prato e terá em sua estrutura recepção para triagem e direcionamento aos programas realizados pela Secretaria de Assistência Social, como o Centro Pop. A nova unidade passará de uma área atual de 410 metros quadrados para 1.500 m².

A obra desse novo equipamento custará cerca de R$ 4 milhões, que tem prazo estimado de execução de doze meses a partir da con­clusão do projeto executivo, levará em conta a sustentabilidade e o acolhimento às pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Haverá aproveitamento de 100% da energia solar, captação de água de chuva para utilização, paisagismo e área livre para ventilação e iluminação naturais. O atendimento presencial já foi retomado com uso obrigatório de máscaras quando os clientes não estiverem fazendo as refeições.

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