A Petrobras aumentou o preço do botijão de 13 quilos do gás de cozinha em 16%, reduzindo assim a defasagem da estatal em relação ao mercado internacional, que já beirava os 50%. “Após 152 dias, a Petrobras fará ajustes no preço do GLP (gás liquefeito de petróleo)”, informa a empresa em nota. Os novos valores valem a partir desta sexta-feira, 11 de março. Em Ribeirão Preto, o consumidor vai pagar entre R$ 12 e R$ 15 a mais.
Na tarde de ontem teve corre-corre atrás de gás com preço antigo. O estoque de uma distribuidora esgotou. O preço médio de venda do GLP da Petrobras para as distribuidoras passa de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, equivalente a R$ 58,21 por 13 quilos, refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por quilo ou R$ 8,06 por botijão. Nos últimos doze meses, até janeiro deste ano, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do gás avançou 31,78% no país.
No primeiro mês de 2022 houve deflação de -0,73%. O acumulado em 2021 ficou em 36,99%. A Petrobras informa ainda, que apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo. O último reajuste do gás de cozinha ocorreu em 9 de outubro.
Segundo levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 27 de fevereiro e 5 de março, o botijão de 13 quilos do gás de cozinha (GLP-13) vendido em Ribeirão Preto custa, em média, R$ 104,90 (mínimo de R$ 98 e máximo de R$ 110).
Há locais na cidade onde o produto já custa R$ 115 com a taxa de entrega em domicílio e, com o reajuste anunciado pela Petrobras, vai saltar para entre R$ 125 e R$ 130. Para compra na revendedora subirá para entre R$ 115 e R$ 120, dependendo da região da cidade.
O valor atual do gás de cozinha é R$ 0,10 inferior aos R$ 105 cobrados até dia 26 de fevereiro (piso de R$ 104,99 e teto de R$ 110) – o mais elevado da série histórica –, queda de 0,1%. As 24 distribuidoras de gás da cidade vendem, em média, 3.300 unidades por dia para os comerciantes.
Porém, o gás de Ribeirão Preto está 8,9% abaixo dos R$ 115,13 cobrados em Itapeva (mínimo de R$ 115 e máximo de R$ 115,50), o produto mais caro do estado. São R$ 10,23 de diferença. Em comparação com o de Cosmópolis – R$ 85,99 (piso de R$ 84,99 e teto de R$ 89,99), o mais barato das cidades paulistas –, o ribeirão-pretano custa R$ 18,91 a mais, variação de 22%.
Até o reajuste da Petrobras chegar ao consumidor, são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel. Também considera os custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis.
A estatal destaca ainda que 43% do preço ao consumidor final correspondem atualmente à parcela da Petrobras e os demais 57% traduzem as parcelas adicionadas ao longo da cadeia até clientes finais como tributos e margens brutas de distribuição e revenda.