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Saiba quem é a brasileira que tenta entrar para o grupo de k-pop Blackswan

Por Sofia Hermoso, especial para o Estadão

“Ser uma artista internacional é uma consequência do meu sonho”, disse Gabriela Dalcin, de 19 anos, a brasileira que está a um passo de se tornar a próxima integrante do grupo de k-pop Blackswan. Em um concurso disputado, inicialmente por quatro mil jovens de todo o mundo, a catarinense chegou à etapa final e agora compete apenas com a indiana Sriya.

Gabriela contou que seus pais ouviam música clássica desde que ela estava na barriga da mãe e que o incentivo musical sempre foi grande. Aos nove anos, começou no teatro musical e, aos 13, conheceu o pop coreano por meio de uma amiga. “Eu vi que tinha dança e canto e eu gostava disso no teatro musical […] fiquei impressionada porque é muito difícil fazer os dois ao mesmo tempo e são coreografias difíceis”, comentou.

Mas foi em 2018 que ela entrou de vez para o universo do k-pop. A jovem passou a integrar o Queens Of Revolution, grupo de k-pop cover de Florianópolis, sua terra natal. Apenas em 2019, o grupo ganhou 11 prêmios em competições de dança, um deles sendo o segundo lugar no K-Pop World Festival, a maior competição de k-pop cover do mundo.

Apesar dos prêmios acumulados e do apoio da família, a catarinense ouviu o conselho dos pais e resolveu trilhar um caminho alternativo, já que a vida de artista pode ser instável. Ainda seguindo a veia artística, iniciou a graduação em design gráfico na Universidade do Vale do Itajaí (Univali). “Meu pai já falou que, de primeira, ninguém nunca imagina que o filho vai ser um artista, mas quando eu disse que queria, ele apoiou”, afirmou.

No entanto, foram apenas dois semestres na universidade até ela ser selecionada como finalista do concurso para ser a quinta integrante do Blackswan. “A possibilidade da Gabi se tornar uma estrela de K-pop é algo muito gratificante. Reforça o pensamento de que é possível buscarmos os nossos objetivos e sonhos. A Gabi nasceu para os palcos. É o lugar onde ela se sente bem e onde está fazendo o que gosta. O importante para os pais é ver os filhos felizes e a felicidade da Gabi está diretamente ligada ao mundo do k-pop”, reforçou a mãe da jovem, Mauren Strassburger.

Do outro lado do mundo

Mesmo acostumada com uma rotina corrida entre as aulas da faculdade e os ensaios do Queens Of Revolution, Gabriela encontrou um dia a dia ainda mais agitado na Coreia do Sul. Desde dezembro de 2021, ela está em treinamento com a DR Music Entertainment, empresa responsável pelo grupo Blackswan. Durante a manhã, aprende o idioma coreano e depois passa o dia nos ensaios de canto e dança. “Tem semana que a gente fica até às dez ou onze horas da noite ensaiando”, disse.

Para ela, os três últimos meses foram essenciais para se desenvolver e se sentir mais segura como artista. “Sinto que melhorei muito e que eu estou conseguindo mostrar isso. Acho que evoluir é o mais importante porque ninguém nasce perfeito.”

Além da correria, Gabriela também lida com a expectativa de descobrir o resultado do concurso, ainda sem data definida para ser divulgado. A perspectiva é que até o meio do ano seja revelada a nova integrante do Blackswan, que já conta com a brasileira Leia. Além dela, as coreanas Yougheun e Judy e a senegalesa Fatou completam o grupo.

Para a jovem catarinense, ser uma estrela internacional é a consequência de outro sonho: ser reconhecida como artista. “Acho que todo artista quer ter reconhecimento e essa é a prova de que eu faço bem o que eu gosto.”

Entre as suas principais inspirações, estão as cantoras pop norte-americanas Taylor Swift e Ariana Grande. Já entre as brasileiras, Anitta se destaca. “Eu sou muito apaixonada por ela Ela começou no Brasil e agora está fazendo uma carreira internacional. Eu sou brasileira e também estou tentando construir isso fora do País, então ela me inspira.”

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