Segundo as “Estatísticas da Criminalidade”, divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP) na sexta-feira, 25 de fevereiro, a incidência de crimes contra o patrimônio aumentou no mês passado em Ribeirão Preto, na comparação com janeiro de 2021. Houve mais furtos e roubos de veículos e furtos em geral – roubos apresentaram estabilidade. O número de homicídios caiu, mas o de estupros continua em alta.
Ribeirão Preto registrou três homicídios em janeiro deste ano, cerca de um a cada oito dias, queda de 40% na comparação com os cinco do início de 2021, dois a menos. A cidade teve 56 em todo o ano passado, contra 49 de 2020, sete a mais e alta de 14,3%. Significa uma morte a cada seis dias em 2021. A taxa de casos por 100 mil habitantes subiu de 6,62 para 7,69, a maior desde 2016, de 7,79.
Não houve latrocínios – roubo seguido de morte – em janeiro dos dois períodos. Em 2021, foram registrados casos em julho e dezembro, mas no ano anterior foram quatro. No balanço anual a queda foi de 50%. Somando as duas modalidades – homicídios e latrocínios –, Ribeirão Preto terminou 2021 com 58 assassinatos, cerca de um a cada seis dias.
Um dado que ainda preocupa envolve a ocorrência de estupros. Foram doze em janeiro de 2022, contra oito do mesmo período de 2021, quatro a mais e alta de 50%, cerca de um a cada dois dias e meio. No ano passado houve aumento de 135,7%. Ao contrário dos crimes contra o patrimônio, este tipo de atentado só pode ser evitado se a vítima denunciar.
Foram 132 casos contra 56 de 2020, ou seja, 76 a mais. A média ficou em um a cada três dias. Em janeiro deste ano, nove vítimas eram menores de idade, 75% do total. Oitenta e oito crianças ou adolescentes foram vítimas deste tipo de crime no ano passado, 66,7% do total. Em 2020, em 44 das denúncias as vítimas eram vulneráveis (78,6%).
Os furtos de veículos avançaram 50,5% no mês passado, chegando a 161, contra 107 de janeiro de 2021, 54 a mais, média de cinco por dia. Em 2021, aumentaram 49,8%, de 1.146 em 2020 para 1.717. São 571 a mais, com média diária de quase cinco.
Os roubos de veículos cresceram 8,3% em janeiro, de 36 para 39, três a mais, mais de um por dia. No ano passado esse crime avançou 11%, de 360 para 398. São 38 a mais. A média é pouco superior a um por dia. A taxa de furto e roubo de veículos por 100 mil habitantes saltou de 216,89 para 307,01.
Em 2019 era de 330,49. Já os casos por 100 mil veículos avançaram de 273,73 para 378,26. Em 2019 foi de 416,51. A taxa de furto por 100 mil veículos passou de 208,30 para 307,08 (em 2019 foi de 311,83). A taxa de roubo por 100 mil veículos subiu de 65,43 em 2020 para 71,18 (chegou a 104,68 em 2019).
O índice de recuperação de veículos pelas polícias Civil e Militar disparou 117,5% em janeiro deste ano, batendo em 87 carros, motos e afins devolvidos aos donos, média de quase três por dia, 47 a mais que os 40 do mesmo mês de 2021. O avanço no ano passado foi de 76,3%, quando 624 foram devolvidos aos proprietários, contra 354 de 2020. São 270 a mais. A média é de quase dois por dia.
Os casos de furtos em geral passaram de 531 em janeiro de 2021 para 675 no mês passado, 144 a mais e alta de 27,1%, com média diária de 22. No balanço anual, saltaram de 6.176 em 2020 para 7.558 no ano passado, alta de 22,4% e 1.382 a mais. A média diária é 21. A taxa disparou de 889,44 para 1.097,12 por 100 mil habitantes. Era de 1.287,94 em 2019.
As ocorrências de roubo – quando a vítima sofre ameaça (entram na estatística os de carga e a bancos) – ficaram estáveis na comparação mensal, com leve queda de 0,5% em 2022. Baixou de 185 para 184, um a menos e média diária de seis casos. Saltaram de 1.922 em 365 dias de 2020 para 2.536 no ano passado.
São 614 a mais e alta de 31,9%, com média diária de sete. A taxa passou de 276,80 para 368,13 por 100 mil habitantes. Chegou a 434,57 em 2019. A Secretaria de Segurança Pública e as polícias Civil e Militar pedem à população que registre boletim de ocorrência. Assim, as corporações podem definir estratégias de combate à criminalidade e reforçar o policiamento ostensivo e preventivo nas regiões com mais incidência de crimes.