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Casos de covid-19 superam 145,5 mil

RICARDO MORAES/REUTERS

Ribeirão Preto anunciou mais cinco mortes por co­vid-19 e excluiu o óbito de uma mulher após revisão de dados, segundo o boletim epidemio­lógico da Secretaria Municipal da Saúde, divulgado nesta sex­ta-feira, 25 de fevereiro. As ví­timas são um homem e quatro mulheres com idades entre 64 e 89 anos –eram portadores de doenças cardiovascular e neu­rológica crônicas, e hiperten­são arterial e neoplasia.

Quase 3.240 mortes
A cidade chegou à marca de 3.238 vítimas fatais da co­vid-19. Apesar do avanço da vacinação, a propagação da doença voltou a preocupar por causa da variante Ômicron. Onze óbitos ocorreram em dezembro do ano passado. É o menor volume do ano e o mais baixo desde abril de 2020.

Na época, onze pessoas também morreram de co­vid-19, segundo os dados ofi­ciais, mas a pandemia estava no começo. Novembro teve doze óbitos. Janeiro de 2022 tem 96 vítimas fatais e feverei­ro mais 120, totalizando 216, mas apenas 204 foram conta­bilizadas para este ano, 168 no primeiro mês e 36 no segundo.

A média no mês passado, por enquanto, é de um óbito a cada sete horas e 45 minutos, e a de fevereiro é de quatro horas e 48 minutos – considerando 96 mortes em janeiro e 119 em 24 dias deste mês, quando apenas 36 foram oficialmente contabilizadas.

Março do ano passado é o mês com mais mortes na pandemia. São 402, média de 13 por dia. O recorde de 2020 pertence a julho (245). O re­corde de falecimentos anun­ciados em um único boletim pertence a 14 de junho do ano passado, de 36. O recorde em 24 horas é de 3 de junho, de 26 casos fatais.

Óbitos ano a ano
O total de mortes por co­vid-19 no ano passado, de 1.990, já é 90,4% superior ao registrado em 2020 (de mar­ço a dezembro), de 1.045. São 945 a mais. Há 204 oficiais em 2022, totalizando 3.239, mas um foi excluído e a pasta não informou a data do óbito. De 26 de março de 2020, data do primeiro caso fatal, a 15 de ja­neiro do ano passado, data da milésima morte, foram 297 dias. Para chegar a dois mil foram 122 dias. Atingiu essa marca em 17 de maio de 2021.

Para chegar a três mil foram 193 dias, em, 26 de novembro do ano passado. Os meses com menos falecimentos são março de 2020 (dois, a pandemia co­meçou em meados do mês em Ribeirão Preto) e abril do ano passado (onze). A taxa de leta­lidade da pandemia é de 2,2% e em 2021 ficou em 2,7%. Nes­te ano é de 0,7%. Por sexo, as vítimas da covid-19 são 1.788 homens (55,3%) e 1.450 mu­lheres (44,7%).

A vítima mais idosa da pandemia em Ribeirão Preto é um senhor de 104 anos. Ele morreu em 18 de janeiro deste ano. Era portador de doenças cardiovascular, renal e neu­rológica crônicas. Antes, era uma senhora de 102 anos que faleceu no dia 2 de fevereiro de 2021. A mais jovem em toda a pandemia é o bebê de um mês que morreu em 22 de junho do ano passado.

Brasil e São Paulo
O Brasil superou 648 mil mortes por covid-19 e soma­va 648.160 nesta sexta-feira, 770 a mais que as 647.390 de quinta-feira (24), alta de 0,1%. Tem mais de 28 milhões de casos de coronavírus desde o início da pandemia. São 28.670.242, sendo que 91.595 foram confirmados nas úl­timas 24 horas, aumento de 0,3% na comparação com os 28.578.647 de anteontem.

Já o Estado de São Paulo ultrapassou 164 mil mortes e contabilizava 164.305 óbitos nesta sexta-feira, 211 a mais que os 164.094 de quinta-feira, aumento de 0,1%. Os contá­gios pelo Sars-CoV-2 devem passar de cinco milhões e so­mam 4.999.659, ou 14.764 a mais que os 4.984.895 de an­teontem, elevação de 0,3% na comparação diária.

Cidade soma mais 587 casos de covid
Ribeirão Preto anunciou mais 587 casos de coronavírus em dois dias – 294 a cada 24 horas, cerca de um diagnóstico positivo a cada quatro minutos e 55 segundos – e o número de pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 na cidade deve ultrapassar 146 mil. Nesta sex­ta-feira, 25 de fevereiro, saltou para 145.599, alta de 0,4% em relação aos 145.012 do relatório de quarta-feira (23).

Mais de 30 mil casos em 2022
Somente em janeiro a cidade soma 22.249 casos de co­vid-19, novo recorde mensal da pandemia, média de 718 a cada 24 horas, 20.572 a mais que os 1.677 de dezembro, avan­ço superior a 1.225%. Em 24 dias de fevereiro já são 8.174, cerca de 341 por dia, um a cada quatro minutos e 14 segundos, totalizando 30.423 contágios neste ano. Em 2021, Ribeirão Preto registrou mais de 73 mil casos confirmados.

Comparação anual
São 73.199, alta de 74,4% em relação aos 41.977 de 2020. São 31.222 a mais. A quantida­de total de pessoas infectadas equivale a 20,2% da população da cidade, de 720.116 habi­tantes, segundo balanço do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O recorde de infecções em 24 horas foi registrado em 11 de fevereiro, de 940 (média diária). Antes desta nova onda de Ômicron, pertencia a 9 de junho do ano passado, de 726. Em novembro foram 705 contágios (o menor volume desde abril de 2020, no início da pandemia).

Antes, o mês com mais casos da pandemia era maio de 2021, com 12.105. O recorde de 2020 pertence a julho (8.625). Os meses com menos casos são março (88, a pandemia começou em meados do mês na cidade) e abril (223) do ano passado. A variante Ômicron, nova cepa do Sars-CoV-2, predomina este ano em Ribeirão Preto.

Taxa de transmissão
A taxa de transmissão (Rt) do coronavírus na região de Ribei­rão Preto despencou para 1,11 na terça (22), fechou a quarta (23) em 1,05, caiu para 0,98 na quinta (24) e nesta sexta-feira (25) já estava em 0,95. Sig­nifica que, nas 26 cidades do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS-XIII), 100 pessoas podem transmitir a doença para outras 95. No dia 23 de janeiro chegou a 1,92, a maior de toda da pandemia. Ocupa o 11º lugar no ranking paulista.

A tendência é de queda em todo o estado. A liderança é de Presidente Prudente (1,14). O DRS-VIII, de Franca, é o 19º (0,83), e o DRS-V, de Barretos, é o 18º (também com 0,83). O limite considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 1,00. Ribeirão Preto já tem transmis­são comunitária da variante Ômicron, responsável por 90% dos novos casos em 2022, e do vírus H3N2, da influenza

Síndrome gripal
Segundo o boletim, em janeiro foram confirmados 21.909 casos de síndrome gripal na cidade. Ainda tem 7.899 de fevereiro, chegando a 29.808 em menos de dois meses deste ano. No ano passado inteiro foram registrados 67.184 casos de síndrome gripal em Ribeirão Preto.

Ainda segundo o boletim, no primeiro mês de 2022 foram confirmadas 340 ocorrências de síndrome respiratória aguda grave (Srag) na cidade, além de 275 em fevereiro, totalizando 615. No ano passado todo, 6.015 pacientes foram diag­nosticados com Srag, com seis mortes. Desde 2015, a síndrome já causou 68 óbitos em Ribeirão Preto. O pico ocorreu em 2018, quando 23 pessoas morreram em decorrência da Srag.

Leitos
A ocupação de leitos de terapia intensiva, em Ribeirão Preto, segue abaixo de 80% e estava em 76,1% às 17 horas desta sexta-feira. Segundo a plataforma leitoscovid.org, havia 51 pacientes internados nas 67 vagas disponibilizadas por nove de doze hospitais da cidade.

Na enfermaria, a taxa era de 56,8% no mesmo horário, com 67 dos 118 leitos ocupados. A cidade tem ainda mais 162 leitos de UTI para atender pacientes com outras doen­ças, e 114 estavam ocupados no mesmo horário de ontem (70,4%). O setor de enfermaria estava com 285 pessoas, 69,9% das 408 vagas.

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