A taxa de transmissão (Rt) do coronavírus na região de Ribeirão Preto começou o ano em alta e esteve perto de ultrapassar a marca de 2. Em setembro de 2021, despencou para 0,56 e oscilou entre 0,60 e 0,90 até dezembro. Permaneceu em 1,82 durante quatro dias – da última quinta-feira (10) até domingo, 13 de fevereiro.
Na terça (15) era de 1,45, na quarta (16) já estava em 1,37 e nesta quinta-feira (17) era de 1,32, ainda considerada elevada. Significa que, nas 26 cidades do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS-XIII), 100 pessoas podem transmitir a doença para outras 132. No dia 23 de janeiro chegou a 1,92, a maior de toda a pandemia. Passou do quarto para o sétimo lugar no ranking paulista no final de semana e agora é a terceira mais alta.
A liderança é de Registro (1,79). O DRS-VIII, de Franca, é o 20º (0,88), e o DRS-V, de Barretos, é o 17º (1,02). O limite considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 1,00. Ribeirão Preto já tem transmissão comunitária da variante Ômicron, responsável por 90% dos novos casos em 2022, e do vírus H3N2, da influenza.
Casos e mortes avançam na cidade
Segundo o último boletim epidemiológico, até terça-feira, 15 de fevereiro, Ribeirão Preto somava 3.200 mortes por covid-19 e 142.979 casos de coronavírus confirmados desde o início da pandemia, 950 anunciados em apenas dois dias, cerca de um diagnóstico positivo a cada três minutos e dois segundos. Eram 142.029 até dia 13, alta de 0,7%.
Em janeiro, a cidade soma 21.911 casos de covid-19, novo recorde mensal da pandemia, média de 707 a cada 24 horas, 20.325 a mais que os 1.676 de dezembro, avanço superior a 1.200%. Em 15 dias de fevereiro já são 5.894, cerca de 393 por dia, um a cada três minutos e 45 segundos, totalizando 27.805 este ano.
Em 2021, Ribeirão Preto teve 73.197 casos confirmados, alta de 74,4% em relação aos 41.977 de 2020. São 31.220 a mais. A quantidade total de pessoas infectadas equivale a 19,9% da população da cidade, de 720.116 habitantes, segundo balanço do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dados divulgados pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HC-FMRP/ USP), pelo 13º Departamento Regional de Saúde (DRS-XIII) e pela Secretaria Municipal de Saúde revelam que das 166 vítimas fatais do coronavírus na cidade este ano, 94 não tinham completado o ciclo de imunização com as três doses da vacina contra a covid-19.
Este número representa 56,6% do total oficial de vítimas fatais em decorrência da doença este ano – são 177, mas alguns ainda foram notificados. Dos 166 mortos, 39 não estavam vacinados (23,5%), onze tinham apenas a primeira dose (6,6%), 44 tomaram duas doses (26,5%), 68 receberam três cargas de vacina contra o coronavírus (41%) e em quatro casos não há informações se a pessoa estava imunizada (2,4%).
Mais de 641 mil mortes no Brasil
O Brasil superou 641 mil mortes por covid-19 e somava 641.902 nesta quinta-feira, 1.128 a mais que as 640.774 de quarta-feira, alta de 0,2%. Tem mais de 27 milhões de casos de coronavírus desde o início da pandemia. São 27.937.835, sendo que 131.049 foram confirmados nas últimas 24 horas, aumento de 0,5% na comparação com os 27.806.786 de anteontem.
Já o Estado de São Paulo ultrapassou 162 mil mortes e contabilizava 162.517 óbitos nesta quinta-feira, 352 a mais que os 162.165 de quarta-feira, aumento de 0,2%. Os contágios pelo Sars-CoV-2 passam de 4,8 milhões e somam 4.898.289, ou 15.995 a mais que os 4.882.294 de anteontem, elevação de 0,3% na comparação diária.
Leitos
A ocupação de leitos de terapia intensiva, em Ribeirão Preto, estava em 83,8% às 17 horas desta quinta-feira. Segundo a plataforma leitoscovid.org, havia 57 pacientes internados nas 68 vagas disponibilizadas por nove de doze hospitais da cidade. Na enfermaria, a taxa era de 77,6% no mesmo horário, com 97 dos 125 leitos ocupados.