Tribuna Ribeirão
Economia

Comércio e serviços – Emprego deve perder fôlego no estado

© Fernando Frazão/Agência Brasil

A recuperação do empre­go formal nos segmentos de comércio de serviços no Es­tado de São Paulo em 2021 deverá perder velocidade em 2022, impactada pelas altas da inflação, juros, endivida­mento das famílias e pelo próprio desemprego, que continua com uma taxa de 11,5% da população econo­micamente ativa.

A previsão é da Federação do Comércio de Bens, Servi­ços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A entidade é responsável pela Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (Pesp), que no ano passado viu os dois segmentos encerrarem com um estoque de 575.538 novas vagas.

De acordo com a entidade, ainda que não haja redução nos postos de trabalho, a esti­mativa é a de que os saldos po­sitivos sejam substancialmente menores que os de 2021 em decorrência da própria expec­tativa quanto ao crescimento econômico brasileiro.

A geração de empregos deverá se concentrar nos segmentos que não comple­taram o ciclo de recupera­ção de vagas perdidas com a pandemia. Bem como nas atividades consideradas es­senciais dentro de comércio e serviços e que, por esta carac­terística, têm mais estabilida­de de demanda das famílias.

A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (Pesp) so­freu uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Esta­do de São Paulo a partir de dados do novo Cadastro Ge­ral de Empregados e Desem­pregados (Caged), do Minis­tério da Economia, passando a se chamar, portanto, Pesp Comércio e Serviços.

Estoque de vagas
Em recuperação das perdas nos seus quadros de emprega­dos em 2020, provocadas pela covid-19, os setores de comér­cio e serviços paulistanos en­cerraram o ano passado com um estoque de 575.538 novas vagas de trabalho com regis­tros em carteira.

Só o comércio gerou 159.492 vagas no ano passado. Isso é 19.139 postos a mais que os 140.354 postos de trabalho for­mais fechados pelo setor em 2020, quando os estabeleci­mentos tiveram que cumprir as ordens das autoridades governa­mentais e da saúde para baixa­rem suas portas durante o perío­do determinado para se cumprir o isolamento social para conter o avanço da infecção da popula­ção pelo coronavírus.

O setor de serviços, o mais prejudicado pela pandemia, só no ano passado abriu qua­se meio milhão de vagas, se­gundo a Pesp. Para ser exato, foram registradas no ano pas­sado 416.046 carteiras de tra­balho no setor. “A reação dos setores é resultado da reaber­tura econômica, graças à vaci­nação, e da demanda aquecida pela injeção de recursos pro­venientes de auxílios públicos emergenciais.

Ainda, de acordo com a Pesp, apesar da conjuntura econômica mais desafiadora, com inflação elevada, juros em ascensão, endividamento fa­miliar e desemprego acima dos 11,5% no país, o emprego se manteve crescente no segundo semestre do ano passado.

A projeção da Fecomer­cioSP era de que o varejo pau­lista, em decorrência da co­nhecida sazonalidade do fim do ano, criaria cerca de 40 mil postos de trabalho com cartei­ra assinada no último trimes­tre do ano. Efetivamente, 45,9 mil novas vagas foram criadas.

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