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Servidores lançam campanha salarial

FOTO: DIVULGAÇÃO/SSM

O Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis (SSM/ RPGM) lançou na noite de segunda-feira, 14 de feverei­ro, oficialmente, a campanha salarial de 2022. O tema deste ano é “Porque nada muda sem nós“, uma referência ao acolhi­mento dado pelos funcionários públicos ao povo brasileiro na pandemia de coronavírus.

“Durante toda esta semana, e no início da próxima tam­bém, vamos visitar os locais de trabalho para conversar ainda mais com os servidores e en­tender os anseios e necessida­des da categoria. Para nós, na verdade, a data-base iniciou-se há algum tempo, pois já vínha­mos conversando com os tra­balhadores sobre as principais demandas e urgências do fun­cionalismo”, relata o presidente do sindicato, Valdir Avelino.

A assembleia geral com a categoria deve acontecer já no próximo dia 23 e a pau­ta será entregue ao governo Duarte Nogueira (PSDB) en­tre os dias 24 e 25 de feverei­ro. Os servidores municipais também podem enviar suas reivindicações pelo WhatsApp oficial do sindicato, no núme­ro (16) 98158-0366.

A prefeitura de Ribeirão Preto tem cerca de 14.970 ser­vidores da ativa e 6.480 apo­sentados e pensionistas ligados ao Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM).

O funcionalismo de Ribei­rão Preto já está há três anos sem reajuste salarial. Em 28 de maio de 2020, por causa da pandemia de coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou a lei número 173/2020 que congelou o salário dos funcionários públi­cos federais, estaduais e munici­pais até o final de 2021. A data­-base da categoria é 1º de março.

Em 2019, os servidores pro­tagonizaram a mais longa gre­ve da história de Ribeirão Pre­to – teve início em 10 de abril e foi suspensa em 3 de maio, depois de 23 dias de paralisa­ção e protestos. A categoria pe­dia reajuste de 5,48% – 3,78% de reposição da inflação com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e mais 1,7% de aumen­to real. Porém, não receberam um centavo de aumento.

Em 2018, depois de dez dias de greve, que terminou em 19 de abril, foi concedido reajuste sala­rial de 2,06% com base no Índice Nacional de Preços ao Consu­midor (INPC) do Instituto Bra­sileiro de Geografia e Estatísti­ca (IBGE), com acréscimo de 20% de ganho real, totalizando 2,5% de aumento. Em 2020, antes de Bolsonaro congelar os salários, o sindicato rei­vindicava 6,18% de aumento, sendo 4,48% de reposição da inflação com base no INPC de 2019 – de janeiro a dezembro – e mais 1,7% de aumento real.

O mesmo índice, 6,18%, foi aprovado para a reposição do vale-alimentação dos trabalha­dores e da cesta básica nutricio­nal dos aposentados e pensionis­tas. No final de 2020, a prefeitura informou ao Tribuna que gas­tava, por mês, R$ 97.383.050,58 com a folha de pagamento dos servidores municipais ativos da administração direta e com os aposentados e pensionistas.

O valor referente aos fun­cionários em atividade era de R$ 54.601.277,26. Já a folha de inativos era de R$ 42.781.773,32 mensais. Em um ano, contando com o décimo terceiro salário e os pagamentos da administra­ção direta e indireta, o total che­gava a R$ 1.265.979.657,56. Na época, os números envolviam 14.730 servidores. Deste total, 7.931 eram funcionários efetivos e 516, contratados.

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