Segundo o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os preços do litro do etanol e da gasolina despencaram na maioria dos mais de 200 postos de Ribeirão Preto. De acordo com a pesquisa realizada entre 6 e 12 de fevereiro, o litro do álcool hidratado está mais barato, com preço médio na casa de R$ 4,12. A gasolina recuou e está abaixo de R$ 6,20.
O preço médio cobrado pelo litro do álcool hidratado baixou de R$ 4,551 para R$ 4,121, queda de 9,4% em relação ao dia 5 de fevereiro, depois de chegar a R$ 5,199 em 13 de novembro – o maior valor da história desde que a agência passou a pesquisar preços no município. O preço do litro da gasolina agora custa, em média, R$ 6,199.
O recuo é de 2,83% em comparação com os R$ 6,376 cobrados anteriormente – Petrobras reajustou o preço nas refinarias no dia 12 de janeiro. Lembrando que este é o preço médio, ou seja, tem posto cobrando mais ou menos pelo produto. Depois de mais de seis meses, a paridade entre os derivados de cana-de-açúcar e de petróleo voltou a ficar abaixo de 70%. Agora está em 66,5%, depois de passar semanas acima de 80% – chegou a 80,5% no dia 13 de novembro.
O preço da gasolina aditivada caiu (R$ 6,309), mas o óleo diesel (R$ 5,924) e o diesel S-10 (R$ 5,674) subiram. No ano passado, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço da gasolina avançou 47,49% no país. O etanol acumulava 62,23% de alta no mesmo período, ante 46,04% do diesel.
Em janeiro, gasolina e etanol apresentaram deflação – os preços caíram, respectivamente, 1,14% e 2,84% – e o diesel subiu 2,38%. No acumulado em doze meses, a gasolina sobe 42,71%, o álcool avança 54,95% e o diesel, 45,72%. O preço do hidratado recuou nas bombas de Ribeirão Preto, mas a média para gasolina nos postos bandeirados segue em R$ 6,70 (R$ 6,697).
O álcool combustível custa R$ 4,70 (R$ 4,697), queda de 4,1% em comparação com os R$ 4,90 da semana passada, R$ 0,10 a menos. Nos sem-bandeira, a média para a gasolina continua em R$ 6,28 (R$ 6,279), recuo de 1,3% e desconto de R$ 0,08 em relação aos R$ 6,36 (R$ 6,359) de janeiro. O litro do etanol caiu de R$ 4,60 (R$ 4,599) para R$ 4,10 (R$ 4,099), baixa de 10,9% e desconto de R$ 0,50.
O consumidor deve pesquisar porque há variação para mais e para menos tanto nos bandeirados quanto nos independentes. Com base nos valores de R$ 4,90 para o derivado da cana e de R$ 6,70 para o do petróleo, a paridade está em 70,1% e pode ser mais vantajoso abastecer com álcool dependendo do rendimento do veículo, já que o limite é de 70%.
Segundo a Central de Monitoramento do Núcleo Postos Ribeirão Preto, entidade setorial que reúne 85 donos de postos de combustíveis da cidade, a queda no preço do etanol ocorre porque as usinas produtoras de açúcar e álcool recompuseram seus estoques. Mesmo sem o início da safra, decidiram promover seguidas reduções no preço do etanol vendido às distribuidoras.
Etanol recua nas usinas
Nas usinas paulistas, o álcool combustível recuou pela quarta semana seguida. Desta vez, a queda foi de 2,37% e deve ter reflexo nas bombas. O valor do hidratado fechou a semana abaixo de R$ 2,90, depois de “encostar” nos R$ 3,90 no final de 2021. Baixou de R$ 2,9073 para R$ 2,8383.
O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – despencou 8,05%. Fechou a semana na casa de R$ 3,20. Passou de R$ 3,4871 para R$ 3,2064. Os dados foram divulgados na sexta-feira, 11 de fevereiro, pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).