A quantidade de multas aplicadas em Ribeirão Preto avançou 27,4% no ano passado em comparação com 2020, principalmente por causa do avanço da vacinação contra a covid-19 e flexibilização de medidas restritivas em relação à quarentena imposta pela pandemia de coronavírus. O número de infrações saltou de 97.570 para 124.342. São 26.772 a mais.
Em 2020, primeiro ano da pandemia, quando ainda não havia vacinas disponíveis no mercado mundial, a Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp) constatou queda de 42,1% nas autuações, em comparação com 2019. O número de infrações recuou de 168.577 para 97.570. Foram 71.007 multas a menos.
O ano passado fechou com média de 340 autuações por dia, cerca de uma a cada quatro minutos e 15 segundos – em 2020 era de 271 por dia, uma a cada cinco minutos e 30 segundos. Os dados foram divulgados pela Transerp a pedido do Tribuna. Em 2019, a alta foi de 9,57% na comparação com 2018. Foram aplicadas 14.725 multas a mais do que as 153.852 do período anterior.
As principais autuações registradas no ano passado foram por transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 20%, dirigir veículo segurando telefone celular, estacionar em local/horário proibido especificamente pela sinalização (Área Azul), dirigir veículo manuseando telefone celular e avançar o sinal vermelho do semáforo.
Em 2020, as principais autuações foram por transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 20%, dirigir veículo segurando telefone celular, avançar o sinal vermelho do semáforo, dirigir veículo manuseando telefone celular e motorista sem cinto de segurança. Algumas infrações da lista não constavam do “top five” de 2019.
A prefeitura de Ribeirão Preto possui três radares móveis de fiscalização eletrônica – são usados em 19 avenidas da cidade – e um fixo, instalado na avenida Doutor Celso Charuri, na Zona Leste. O valor arrecadado com as multas saltou de R$ 15.966.302,64 em 2020 para R$ 19.632.319,19 no ano passado, alta de 23% e acréscimo de R$ 3.666.016,55.
Em março de 2020, por causa da pandemia, o Conselho Nacional de Trânsito suspendeu todos os prazos para serviços de trânsito desde renovação da carteira nacional de habilitação (CNH) até o envio das multas. A cobrança voltou a ser feita em fevereiro do ano passado.
Em 1º de novembro de 2016, o valor das multas subiu 53%, em média. Hoje, quem for flagrado utilizando o celular ao volante será multado em R$ 293,47. A infração de trânsito, que antes rendia multa de R$ 85,13 e quatro pontos na Carteira Nacional de habilitação (CNH), passou de grau médio para gravíssimo.
A multa por excesso de velocidade saltou de R$ 85,13 para R$ 130,16 (até 20% acima do permitido).
Em casos de registros de 20% a 50% acima da velocidade, o valor aumentou de R$ 127,69 para R$ 195,23. Já quem for flagrado por radares em velocidade 50% maior do que o previsto continua cometendo infração gravíssima e levando sete pontos na carteira. O valor da infração foi de R$ 574,62 para R$ 880,41. A infração mais barata subiu de R$ 53,20 para R$ 88,38. E a mais cara, de R$ 191,54 para R$ 293,47.
‘Parar em vaga especial’ avança
A Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp) emitiu, no ano passado, 662 multas para motoristas que estacionaram seus veículos em vagas reservadas para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e de idosos, 44,7% abaixo das 1.197 de 2020 – são 535 infratores a menos.
A Transerp já havia registrado queda de 59,5% em 2020, na comparação com 2019, quando 2.958 motoristas foram autuados, 1.761 infratores a mais do que no período posterior. A média em 2021 foi de 55 por mês (99), quase duas por dia, uma a cada doze horas. As autuações renderam R$ 194.277,14 aos cofres do município.
A queda chega a 44,7% na comparação com os R$ 351.283,59 arrecadados em 2020, receita R$ 157.006,45 menor. Desde novembro de 2016, estacionar em vaga destinada aos portadores de necessidades especiais ou idosos é considerada uma infração gravíssima, que além de render sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), implica em multa de R$ 293,47.
Avenidas fiscalizadas por radares na cidade
Carlos Eduardo de Gasperi Consoni (60 km/h)
Henri Nestlé (60 km/h)
Professora Dina Rizzi (60 km/h)
Ângelo Genaro Gallo (60 km/h)
Caramuru (60 km/h)
Marechal Costa e Silva (60 km/h)
Maurílio Biagi (70 km/h)
Presidente Vargas (60 km/h)
Professor João Fiúsa (60 km/h)
Costábile Romano (60 km/h)
Mogiana (60 km/h)
Presidente Kennedy (60 km/h)
Eduardo Andrea Matarazzo (70 km/h)
Luiz Galvão Cezar (60 km/h)
Thomaz Alberto Whately (70 km/h)
Independência (60 km/h)
Leão XIII (60 km/h)
Heráclito Fontoura Sobral Pinto (60 km/h)
Radar fixo: Celso Charuri (70 km/h)