Tribuna Ribeirão
Geral

Multas do Procon na mira do MPSP

ALFREDO RISK/ARQUIVO

O Ministério Público de São Paulo (MPE), por meio do promotor do Patrimônio Pú­blico e Social, Sebastião Sérgio da Silveira, instaurou inqué­rito civil para apurar eventual redução no valor das multas que teriam sido aplicadas pelo Órgão de Proteção ao Consu­midor de Ribeirão Preto (Pro­con-RP) – vinculado à Secre­taria Municipal de Justiça – a empresas da cidade durante a pandemia de coronavírus.

O inquérito civil é um pro­cedimento do Ministério Pú­blico e seu objetivo consiste, basicamente, em coletar ele­mentos para formação de con­vicção para as atuações pro­cessuais ou extraprocessuais a cargo desta instituição. O MP pode, no caso de constatação de irregularidades sobre o as­sunto investigado, propor uma ação civil pública. Se constatar que não houve irregularidades, o caso é arquivado.

As supostas irregularidades foram levadas ao MP pelo ve­reador André Rodini (Novo). Ele afirma em sua denúncia que a suposta redução no valor das multas teria acontecido na gestão de Ana Paula de Paiva. A redução teria sido feita atra­vés de Termos de Ajustamento de Conduta (TACs).

Ela assumiu o cargo de che­fe da Divisão de Gerenciamen­to do Procon-RP no início de janeiro de 2021, quando co­meçou o segundo mandato de Duarte Nogueira (PSDB) na prefeitura, e pediu exoneração em 13 de abril do ano passado, após concluir o trabalho de re­estruturação do departamento.

Ana Paula de Paiva che­gou a registrar um boletim de ocorrência de ameaça de morte que teria sofrido du­rante fiscalização em um pos­to de combustíveis no dia 17 de março. O coronel da reser­va da Polícia Militar Francis­co Mango Neto assumiu.

Ao instaurar o inquérito civil, o promotor Sebastião Sérgio da Silveira também en­viou ofício ao corregedor-geral Renato Bin para que ele infor­me ao MP se o procedimen­to administrativo instaurado para a apuração do caso já foi concluído.

Procurada pelo Tribuna, a ex-diretora do Procon Ana Paula de Paiva afirma que An­dré Rodini comete equívocos e que nunca houve as multas citadas pelo vereador. Diz ain­da que a denúncia é resultado de perseguição do parlamentar por motivos profissionais an­teriores e que a conclusão do Ministério Público será que não houve equívocos.

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