Adriana Dorazi – especial para o Tribuna
A Defesa Civil de cidades por onde passa o Rio Mogi Guaçu estão emitindo alerta de alagamentos, especialmente para ranchos e outras áreas próximas às margens. Em Porto Ferreira, na terça-feira, dia 8, o rio atingiu a marca de 4,60 metros. Acima de 4,0 metros é considerado estado de atenção e são detectados pontos de alagamento no município. Acima dos 4,5 metros já é emitido alerta.
Mesmo não chovendo muito nas últimas 24 horas, entre os dias 30 de janeiro e 7 de fevereiro as chuvas acumularam 235,7 milímetros na região, o que é quase a média dos últimos 30 anos em todo o mês de janeiro (262 mm) e acima da média de fevereiro (206 mm). Chuvas em outros pontos da bacia do Mogi contribuíram para a cheia mais expressiva dos últimos anos.
Em Barrinha a água chegou a invadir ranchos e pesqueiros, sendo necessário à Defesa Civil agir para proteger moradores e impedir o acesso de visitantes. A reportagem do Tribuna tentou contato durante todo dia com os agentes para saber a realidade no município nesta quarta-feira, dia 9, mas não obteve retorno.
De acordo com o prefeito, José Marcos Martins (PL) há equipes trabalhando nos locais com registro de alagamento na zona rural, mas ele ainda não tem um levantamento dos danos ou se há pessoas desabrigadas.
Além da cidade de mesmo nome, o rio Mogi Guaçu atravessa zonas urbanas de Porto Ferreira, do Distrito de Cachoeira de Emas em Pirassununga, Taquari Ponte em Leme e zona rural de Santa Rita do Passa Quatro. Na sequência, passa pelo norte do município de Descalvado, posteriormente a nordeste e norte do município de São Carlos, prosseguindo em direção a Guatapará e Barrinha.
Na cidade de Mogi Guaçu, o rio tem 50 metros de largura em épocas de vazão normal e, em trechos na cidade de Pontal, pouco antes de se unir ao rio Pardo, chega a ter 350 metros de largura (de margem a margem).