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Rússia diz que não iniciará guerra em meio a tensões

EPA/YURI KOCHETKOV

O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse nesta sexta-feira, 28 de janeiro, que Moscou não vai iniciar uma guerra, mas também não permitirá que o Ocidente atropele seus interes­ses de segurança em meio a te­mores de que os russos estejam planejando invadir a Ucrânia.

Na quinta-feira, dia 27, o pre­sidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sobre uma “distinta possibilida­de” de que a Rússia lance uma ação militar em território ucra­niano em fevereiro. “Não haverá uma guerra no que depender da Federação Russa, não queremos uma guerra”, diz Lavrov.

“Mas não vamos permitir que nossos interesses sejam atropelados de forma rude e ignorados.” As tensões no Leste Europeu ganharam for­ça nas últimas semanas, e os EUA e aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) temem que a concen­tração de cerca de 100 mil sol­dados russos perto da fronteira ucraniana seja um sinal da in­tenção de Moscou de atacar o país vizinho.

A Rússia já desmentiu ter planos do tipo em várias oca­siões, mas exige que a Ucrânia jamais integre a Otan – e que a aliança retire tropas e equi­pamentos militares desloca­dos para o Leste Europeu. Os EUA e a Otan formalmente rejeitaram as exigências de Moscou nesta semana, embora Washington tenha levantado pontos de possível discussão, oferecendo um caminho para a redução das tensões.

Otan
A Organização do Tratado do Atlântico Norte publicou, em seu site, uma lista com alguns esclarecimentos sobre a relação entre o grupo liderado pelos Es­tados Unidos e Moscou. A lista que discute “os cinco principais mitos” nessa relação é publicada em momento de tensões entre a Otan e a Rússia, com a possibili­dade de que tropas russas inva­dam a Ucrânia.

A Otan afirma que desde sua fundação, em 1949, nunca fez uma promessa de não acei­tar novos membros, inclusive depois da Guerra Fria. O tex­to lembra a “Política de Portas Abertas” da entidade para even­tuais novos membros da Euro­pa, o que já consta em seu trata­do de fundação.

Outro “mito” combatido pela Otan é o de que a Ucrânia não poderia entrar na aliança. Segundo a organização, a deci­são caberá aos 30 membros da própria organização e ao país em questão, apenas. “A Rússia não tem o direito de intervir nem de vetar esse processo”, afirma a Otan. Diz ainda que não tem a intenção de circun­dar a Rússia com novos mem­bros e aponta que apenas 6% da fronteira russa é com inte­grantes da entidade.

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