Tribuna Ribeirão
Cultura

Museu Casa de Portinari – Capela da Nonna é tema de bate-papo

FOTO: LEANDRO LÉ

Nesta quarta-feira, 26 de janeiro, o Museu Casa de Por­tinari realiza a ação “Quartas com Arte”. Às 18h30, os edu­cadores da instituição farão uma roda de conversa sobre o livro “Museu Casa de Por­tinari – Capela da Nonna”, de Percival Tirapeli.

A publicação traz uma profunda análise das pinturas do interior da capela, onde Portinari retratou, em 1941, os santos prediletos de sua avó dando a eles a fisionomia de amigos e parentes. As obras foram feitas a têmpera, técnica que utiliza a mistura de água, cola e pigmentos em pó. Às dez horas, a instituição com­partilha o poema “Retorno à Infância”, de Fátima Roque.

Para reforçar a prevenção no enfrentamento à pandemia de covid-19 e às variantes do coronavírus, o Museu Casa de Portinari anunciou que, des­de terça-feira, 11 de janeiro, a apresentação do comprovante de vacinação, o popular “pas­saporte da vacina”, é obrigató­ria para todos os visitantes.

Quem quiser acessar a antiga casa do artista em Brodowski, cidade da Região Metropolitana, a cerca de 30 quilômetros de Ribeirão Preto, terá de apresentar o comprovante. A determina­ção é da Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari (Acam Portinari), ligada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Esta­do de São Paulo.

A entrada no local será realizada mediante apresen­tação do comprovante físico ou online. O comunicado distribuído à imprensa res­salta ainda que os museus administrados pela Acam Portinari seguem rigorosa­mente todos os protocolos de segurança sanitária, previstos pelo governo do Estado de São Paulo. O uso de máscara facial é obrigatório.

O Museu Casa de Portinari está aberto para visitação pre­sencial de terça-feira a domin­go, das nove às 18 horas, com 100% de ocupação de acordo com a capacidade de público prevista em alvará, mas se­guindo todos os protocolos de segurança sanitária para seus funcionários e visitantes.

Como forma de continu­ar a disseminar a cultura, as ações educativas da institui­ção e também o tour virtual permanecem de forma onli­ne pelas mídias sociais e site (@museucasadeportinari e www.museucasadeportinari.org.br). O museu fica na pra­ça Candido Portinari nº 298, Centro de Brodowski. O te­lefone para informações é o (16) 3664-4284.

Candido Portinari
Filho de imigrantes italia­nos nascido em Brodowski, em 30 de dezembro de 1903, Candido Portinari mani­festou sua vocação artística desde criança. Ao longo de sua carreira, pintou mais de cinco mil obras, entre elas os painéis “Guerra e Paz”, ofere­cidos pelo governo brasileiro à sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Estados Unidos.

Morreu em 6 de fevereiro de 1962, aos 58 anos, vítima de intoxicação pelas tintas que utilizava. Criou desde pequenos esboços até gran­des obras, murais e painéis. O artista foi o pintor brasileiro que conseguiu maior pro­jeção internacional devido ao seu talento artístico e sua atuação no cenário cultural e político do Brasil.

O museu
Antiga residência de Candido Portinari, em Bro­dowski, o Museu Casa de Portinari foi instalado e inaugurado em 14 de março de 1970. O primeiro passo ocorreu em 9 de dezembro de 1968, quando a casa foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Ar­tístico Nacional (Iphan).
No ano seguinte, o imóvel foi desapropriado e adquirido pelo governo de São Paulo e, em 22 de janeiro de 1970, foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histó­rico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).

Capela da Nonna
Candido Portinari man­dou construir, em 1940, uma capela ao lado da casa da avó Pelegrina, que por conta da idade e problemas de saúde não conseguia se locomover até a igreja para orar. Nas pa­redes estão os santos prediletos da avó, retratados pelo artista com a fisionomia de amigos e parentes. A obra terminou em 1941. A Capela da Nonna é um dos principais espaços do Mu­seu Casa de Portinari.

No espaço estão São Fran­cisco de Assis, Santa Luzia, São Pedro, São João Batista, a Sagrada Família, entre outras figuras sacras admiradas pela família. As imagens dos san­tos têm as formas de parentes e amigos de Portinari, uma tradição presente na pintura do século XV retomada pelo pintor, principalmente entre artistas flamengos e italianos.

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