O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, informou, via redes sociais, que testou positivo para covid-19 pela segunda vez. Em “live” com sua mulher, Denise Veberling, no Instagram, o ministro afirmou que recebeu o diagnóstico na noite de domingo, 16 de janeiro, e que sente sintomas de uma “gripe forte, mas não mais do que isso”.
Apesar de ambos estarem na mesma casa, por recomendação médica, o ministro estava em um cômodo separado de sua mulher, que, segundo ele, não apresenta sintomas da doença, mas faria um teste nesta segunda-feira (17). Sobre o diagnóstico, Denise brincou que Onyx está “pós-graduado em covid”, ao informar que no recesso entre Natal e Ano Novo “todos nós pegamos H3N2”, em referência a um novo tipo de gripe que se dissemina no país.
É a segunda vez que o ministro testa positivo para covid-19. Em julho de 2020, quando chefiava o Ministério da Cidadania, Lorenzoni já tinha testado positivo para a doença. A primeira vez, em julho de 2020, ele afirmou que estava seguindo um tratamento com ivermectina, azitromicina e cloroquina.
Onyx é um dos defensores da portaria que proíbe demissão de funcionários por recusar vacina contra covid-19. A portaria, que foi assinada por ele mesmo, foi contestada tanto por entidades patronais quanto por sindicatos que representam o trabalhador e foi também questionada no Supremo Tribunal Federal pela Rede Sustentabilidade e pelo Solidariedade.
Segundo ele, a medida tem o “poder de proteger o trabalhador contra medidas arbitrárias” por não haver justa causa para demitir ou evitar. Na época, o ministro também negou que a portaria seria um incentivo do governo para que as pessoas não se vacinem. Para Lorenzoni, as empresas precisam oferecer alternativas ao funcionário que resolva não se imunizar.
O ministro do Turismo, Gilson Machado, também testou positivo para a covid-19. O anúncio foi feito no sábado (15), em sua conta no Twitter. Ele disse ainda que está assintomático e que seguirá o protocolo de recuperação do Ministério da Saúde e também de seu médico particular.
Gilson Machado integra uma longa lista de ministros do atual governo que já testaram positivo para o vírus. Antes dele, 15 colegas do primeiro escalão do governo já haviam contraído a doença. O caso mais recente foi o da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. Na lista estão Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), Marcelo Queiroga (Saúde) e Tereza Cristina (Agricultura).
Tem ainda Bruno Bianco (AGU), Fábio Faria (Comunicações) e Braga Netto (Casa Civil), Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações), Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência), Milton Ribeiro (Educação), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
Também estão na lista Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Roberto Campos Neto (Banco Central). O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também já contraíram a doença.