As vendas de imóveis usados caíram 11,19% em novembro sobre outubro em Ribeirão Preto e em outras sete cidades da região, segundo pesquisa feita com 54 imobiliárias e corretores credenciados pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CreciSP).
Foi a quarta queda seguida desde agosto do ano passado, com saldo negativo acumulado de 54,40% nesses quatro meses. Havia recuado 5,61% em outubro na comparação com setembro. A locação de residências também registrou queda em novembro, de 23,43% sobre outubro, mês em que a pesquisa registrara crescimento de 96,43% frente a setembro.
De agosto a novembro, o saldo acumulado está positivo em 10,67%. “Mesmo com esse resultado positivo na locação, o comportamento desses dois mercados nesses quatro meses mostra que está havendo um ajuste de preços que pode se aprofundar para adequá-los a um quadro econômico de baixo crescimento, com salários reduzidos, inflação em alta e desemprego elevado”, afirma José Augusto Viana Neto, presidente do CreciSP.
Em novembro, 63,64% dos imóveis usados mais vendidos na região de Ribeirão Preto foram os de preços médios até R$ 300 mil, valor que se repetiu para 55,56% dos mais vendidos em outubro. Já em setembro, o preço médio de 66,66% ficou em R$ 500 mil e, em agosto, em R$ 400 mil para 66,67%.
“Os compradores buscaram imóveis mais baratos, mas mesmo assim as vendas não reagiram, só reduziram a queda,” observa Viana Neto. O aluguel residencial, que tinha em agosto 66,67% dos contratos com aluguéis mensais médios fixados nas faixas de até R$ 1,5 mil, também seguiu a trilha da redução.
Baixou para R$ 1 mil em 80% dos contratos assinados em setembro, mantendo-se nesse valor em outubro para 71,43% dos contratos e subindo para R$ 1.250 em novembro em 68,75% dos novos contratos. A pesquisa feita pelo CreciSP apurou nas vendas de imóveis usados em novembro o predomínio das casas (84% do total) sobre os apartamentos (16%).
Foram vendidos à vista 31,82% desses imóveis, e 40,91% tiveram o pagamento parcelado pelos proprietários. As vendas financiadas por bancos somaram 27,28% e não houve registro de vendas feitas por consórcios. Têm padrão médio 56% das unidades vendidas, 32% são do padrão standard e 12% do padrão luxo. Segundo a pesquisa, 53,57% estão em bairros de periferia, 32,14% em bairros de áreas nobres e 14,29% em áreas centrais das cidades.
As casas são na maioria de dois dormitórios (55,56%), com área útil de 51 a 100 metros quadrados (50%) e uma vaga de garagem (38,89%). Já os apartamentos têm majoritariamente três dormitórios (75%), dispõem de área útil de 51 a 100 m² (50%) e contam com uma vaga (50%) ou duas vagas de garagem (50%).
Aluguel até R$ 1.250
Em Ribeirão Preto e nas sete cidades da região, foram alugados em novembro mais casas (93,33%) do que apartamentos (6,67%) e a maioria com aluguel mensal de até R$ 1.250 (68,75% dos novos contratos).
As 54 imobiliárias consultadas pelo CreciSP informaram que os bairros nobres dessas cidades concentraram 52,38% dos imóveis alugados e que eles se dividem entre os de padrão construtivo médio e standard (46,15% cada) e luxo (7,69%).
As casas mais alugadas foram as de dois dormitórios (46,67%), com área útil de 51 a 100 metros quadrados (53,33%) e uma vaga de garagem (53,33%). Os apartamentos alugados são todos de três dormitórios, área útil de 51 a 100 metros quadrados e uma só vaga de garagem.