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Cohab abre demissão voluntária

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A Companhia Habitacional Regional de Ribeirão Preto lançou o Programa de Demis­são Consentida (PDC) para incentivar servidores a pedi­rem exoneração. Argumenta que o plano é necessário de­vido à atual conjuntura eco­nômico-financeira da Cohab­-RP, da constante redução de sua carteira de mutuários e, por conseguinte, da necessi­dade de manutenção do pro­cesso de reestruturação admi­nistrativa implementada pela presidência da empresa.

O programa de demissão voluntária foi criado a pedido do Sindicato dos Empregados em Companhias de Habitação Popular de Ribeirão Preto e Região (Sihap) e publicado no Diário Oficial do Município (DOM) de terça-feira, 11 de janeiro. Para incentivar a exo­neração, o programa oferece vários benefícios em troca da chamada estabilidade profissio­nal dos trabalhadores.

Quem aderir ao PDC rece­berá saldos de salário, saldo de licença-prêmio vencida, caso haja, férias e décimo terceiro salário proporcionais. Tam­bém terá direito a dois salários nominais; liberação do cum­primento do aviso prévio, que será indenizado até o limite de 90 dias; e 50% do saldo cons­tante no item “Valor base pra fins rescisórios” do extrato de conta do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.

Ainda terá doze meses de plano de saúde. Também con­cordará com a extinção do contrato de trabalho formali­zado no Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho (TRCT) como “a pedido”. A adesão ao programa implicará ainda na quitação ampla e irrestrita de todas as parcelas decorrentes do contrato de trabalho.

Inclusive, as constantes no recibo de quitação, o reconhe­cimento de concessões mútuas, e o conhecimento e aceitação irrestrita das condições estipu­ladas, sem as quais deixará de existir rescisão do contrato de trabalho e quitação de haveres de acordo. O prazo para a ade­são ao programa segue até 10 de fevereiro.

Questionada sobre a pre­visão de adesão ao programa, quantos funcionários tem atu­almente e qual o déficit da companhia, a empresa res­pondeu, por meio de nota, que não é possível delimitar neste momento qual deverá ser o número de demissões voluntárias. Garante, porém, que a atual administração – assumiu a companhia em janeiro de 2017 – adotou inú­meras medidas administrati­vas para reduzir as despesas.

“Ressaltamos que, no exer­cício de 2016, a Cohab-RP registrou um prejuízo no va­lor de R$ 49,72 milhões, e ao longo destes anos, com a im­plantação de planejamento es­tratégico, a fim de melhorar a situação econômica-financeira da companhia, reduziu consi­deravelmente o saldo negati­vo para R$ 77.480 em 2020. A Cohab-RP esclarece que vem empreendendo constantes es­forços voltados à redução de despesas e aumento de receita, buscando o equilíbrio de suas finanças”, diz o texto.

Ribeirão Preto é dona de 51% da Cohab e os 49% restan­tes pertencem a 21 municípios da região e a 20 pessoas físicas. Em 22 de dezembro do ano passado, a companhia conse­guiu sua aprovação no cadastro junto à Caixa Econômica Fede­ral, por meio do Fundo de De­senvolvimento Social (FDS), na qualidade de agente executor, para atuação no âmbito do Pro­grama de Regularização Fun­diária e Melhoria Habitacional, integrante do Programa Casa Verde e Amarela.

“Essa conquista permite que a Cohab contribua com o poder público para auxiliar no resgate da dignidade da popu­lação mais carente, garantindo o direito social à moradia e ao efetivo desenvolvimento das funções sociais da proprieda­de urbana, além do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado”, disse, na época, o presidente da companhia, Nil­son Rogério Baroni.

A Regularização Fundiária tem como objetivo integrar as­sentamentos ou ocupações ao contexto legal das cidades, visan­do a regularização de assenta­mentos irregulares e a concessão da titularidade a seus ocupantes, enquanto a Melhoria Habitacio­nal, visa melhorar as condições das moradias, sendo ambos vol­tados à população de baixa renda.

Em 2018, Nilson Rogério Baroni afirmou, em depoimen­to na Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto, que havia redu­zido o número de funcionários de 121 para 62 (ou 59 a menos, redução de 48,7%), baixando o valor da folha de pagamento de R$ 1,5 milhão para R$ 750 mil por mês, corte de 50%.

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