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Voltemos à precaução

Toda vez que uma situação se torna comum, corriqueira, costumamos nos esquecer de hábitos e precauções necessá­rias. Perdemos o foco, porque deixamos de dar importância. Até que alguém ou alguma situação nos alerta para o retor­no à fase de cuidado, de atenção para um possível risco. É o que vivemos agora. Na verdade, o risco já existe, porque o aumento do número de pessoas contaminadas pelo vírus da covid-19 é real. Muito embora os doentes não estejam desen­volvendo a forma mais grave da doença, a população atingida aumenta exponencialmente. Além de termos casos de gripe de forma atípica, fora do período em que ocorrem.

Os exemplos da situação estão nas unidades de saúde, que estão sobrecarregadas. Temos unidades com capacidade para atender a 600 pessoas por dia que chegaram a atender 750 pa­cientes em 24 horas. O resultado são filas indesejáveis e demora no atendimento. A Secretaria Municipal da Saúde tem tomado providências para ampliar a capacidade de atendimento e temos buscado aumentar a testagem e a oferta de medicamentos, mas precisamos, novamente, da colaboração das pessoas. Do envolvi­mento de todos para prevenir, diminuir o número de contágios e evitar a situação crítica que vivemos em passado recente, com atividades econômicas e sociais atingidas pela doença.

Como o quadro melhorou consideravelmente, com indica­dores em queda constante, as pessoas naturalmente se sentiram mais tranquilas e até abandonaram alguns hábitos importantes na prevenção à doença. É por isso que chegamos à necessidade de alertar a todos para que voltem a se prevenir, a evitar o contato com o vírus. Felizmente hoje temos a vacina e esta é a nossa melhor prevenção. Todos devem buscar a imunização para evitar a doença. Caso ela ainda ocorra, que seja com sintomas leves, sem necessidade de internação e seus consequentes desconfortos.

Vivemos uma situação difícil porque também os profissio­nais da saúde são afetados e
precisam se afastar temporaria­mente de suas funções. Assim, por mais preparada que esteja a rede, temos claros no quadro de servidores que reduzem a capacidade de atendimento das pessoas. Diante deste quadro é que alertamos, para que possamos nos antecipar e evitar a gravidade de um aumento exponencial da infecção e ter mais gente doente nos hospitais. Também adotamos algumas medidas para que a transmissão se reduza e tenhamos menos pressão no sistema de saúde.

O uso obrigatório de máscaras passa a ser por tempo inde­terminado, assim como as demais medidas que adotamos com o objetivo de proteger o maior número de pessoas possível. Os eventos continuam permitidos, mas com limite de 700 pessoas. Os organizadores também devem solicitar permissão à Fiscali­zação Geral, demonstrando como pretendem realizar o evento. Será obrigatória a apresentação, pelos participantes e prestadores de serviço, da comprovação de imunização ou de teste negativo para a covid-19, tipo PCR, além de observados os protocolos, como o uso de máscaras e distanciamento de um metro entre as pessoas, fornecimento de álcool em gel etc.

É possível manter uma rotina em sua quase normalidade sem deixar a prevenção de lado. Já vencemos outras batalhas quando o terreno era ainda mais adverso. Hoje temos a vaci­na e conhecimento de medidas que podem evitar o contágio. Só precisamos que todos colaborem fazendo a sua parte. Rei­teramos que a vacina é a principal prevenção e as doses estão disponíveis. Quem não se vacinou deve se vacinar até atingir a imunização completa. E manter os hábitos de prevenção, porque cautela nunca é demais. Principalmente em se tratan­do de manter a saúde e a vida.

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