Os testes de antígeno para detectar a Covid-19 podem não ser rápidos o bastante para identificar a variante Omicron nos primeiros dias da infecção pelo vírus. Um estudo publicado no medRxiv, mas ainda sem revisão por pares, analisou 29 trabalhadores infectados, realizando tanto o teste rápido quanto o PCR.
Os profissionais de áreas de alto risco estavam contaminados com a variante Omicron e realizaram, simultaneamente durante vários dias, os testes PCR e os de antígeno. O estudo observou que os PCR de saliva detectavam a doença em média três dias antes que as amostras do swab nasal rápido dar positivo.
“Quando as pessoas testam negativo para o antígeno rápido, elas ainda podem ter cargas virais muito infecciosas e transmitir para outras pessoas”, disse Blythe Adamson, líder do estudo, da empresa de redução de risco com sede em Nova York, a Infectious Economics LLC, em entrevista à Reuters.
A variante Omicron pode ser transmitida, de acordo com o diretor de ciências da eMed e ex-professor de Harvard Michael Mina, quando infectou apenas a garganta e a saliva, sem chegar às narinas. Por isso, o teste do esfregaço nasal rápido não consegue encontrar o vírus nos primeiros dias. Mas, quando os testes de antígeno mostram o resultado positivo, é bastante confiável, acrescentou.
A variante Omicron mostra os sintomas da Covid-19 mais cedo nos pacientes. Mina aconselhou que as pessoas que sentirem algo esperem alguns dias para realizar os testes rápidos. “Quando sentir sintomas, presuma que é positivo”, emendou ainda.
Esta cepa do coronavírus aparenta menos gravidade em pessoas vacinadas, mas mesmo assim não pode ser considerada “leve”, destacou a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Via: Reuters