Tribuna Ribeirão
Saúde

Prefeitura reativa polo da covid-19

ALFREDO RISK/ARQUIVO

A Secretaria Municipal de Saúde anunciou nesta quarta­-feira, 5 de janeiro, a reativa­ção do Polo Covid-19. A tenda montada na Unidade de Pron­to Atendimento Doutor Luis Atílio Losi Viana (UPA Leste, avenida Treze de Maio nº 353, Jardim Paulista) vai analisar casos suspeitos de coronaví­rus e síndrome gripal. Ressalta ainda que reforçou a escala de médicos clínicos em todos os postos que atendem casos de urgência e emergência.

Também transferiu o fluxo de atendimento da pediatria da UPA Leste para as demais Uni­dades de Pronto Atendimento, além de reforçar o número de pediatras na Unidade Básica e Distrital de Saúde Doutor Mar­co Antônio Sahão (UBDS Sul, na Vila Virgínia, rua Franco da Rocha nº 1.270) e nas UPAs Nel­son Mandela (UPA Norte, no Adelino Simioni, avenida Gene­ral Euclides de Figueiredo nº 295 ) e Doutor João José Carneiro (UPA Oeste, no Sumarezinho, rua Teresina nº 678).

A decisão foi anunciada no final da tarde de ontem, por meio de nota. “É importante in­formar que as pessoas que apre­sentarem sintomas respiratórios devem procurar a unidade de atendimento mais próxima do seu bairro, ou seja, as UPAs Nor­te, Vila Virgínia e Sumarezinho ou nas Unidades Básicas de Saú­de (UBSs) e Unidade de Saúde da Família (USF)”.

A nota esclarece ainda que a secretaria reforçou a equipe do Laboratório Municipal para or­ganizar o quantitativo de exames RT-PCR coletados, para envio ao Instituto Adolfo Lutz (IAL). Por fim, informa que monitora, diariamente a situação epide­miológica dos quadros respi­ratórios pelas equipes gestoras da pasta e da Fundação Hospi­tal Santa Lydia e reforça a im­portância do uso de máscaras, higienização das mãos, distan­ciamento social, e vacinação completa contra a covid-19.

As unidades de saúde que atendem casos de urgência e emergência em Ribeirão Preto registraram aumento de 56% nos atendimentos entre domingo (2) e segunda-feira, 3 de janeiro, em comparação com a média constatada nas duas semanas anteriores. Os dados são da Se­cretaria Municipal de Saúde.

O movimento também cresceu em Sertãozinho, Cra­vinhos, Jaboticabal, Araraqua­ra e até em Serrana, onde toda a população foi imunizada contra a covid-19 em 2021.

A pasta informa ainda que, em dois dias, nas especialida­des de pediatria e clínica mé­dica, foram efetuados 5.741 atendimentos. A média diária de atendimento nas últimas 48 horas ultrapassa 2.800 nos postos da cidade. De acordo com a administração munici­pal, as unidades de pronto-a­tendimento apresentam um aumento no fluxo de pacien­tes desde a semana passada, devido ao elevado número de casos de síndrome gripal.

Segundo os usuários, a de­mora no atendimento chega a cinco horas. Em 29 de de­zembro, a Secretaria de Saúde havia informado que a cidade já tem transmissão comuni­tária da variante Ômicron e a circulação do vírus H3N2 da gripe influenza.

Com isso subiu para sete o número de infectados pela nova cepa do Sars-CoV-2. Dos casos confirmados, três pa­cientes não saíram de Ribeirão Preto e negaram contato com viajantes ou outras pessoas in­fectadas, o que caracterizaria a transmissão comunitária.

O primeiro caso da Ômi­cron em Ribeirão Preto foi divulgado no dia 21 de dezem­bro. Na época, a Secretaria da Saúde também afirmou que a nova cepa da gripe H3N2 infectou seis pessoas que pre­cisaram de atendimento nos serviços de saúde da cidade.

Segundo o Boletim Epi­demiológico divulgado em 2 de dezembro e com dados até 30 de novembro, a cidade re­gistrou um caso e uma morte pelo vírus influenza B no ano passado. Não houve ocorrên­cias de influenza A não sub­tipado, H1N1 e H3N2. Em 2020 foram doze casos e qua­tro óbitos, contra 62 ocorrên­cias e 13 mortes em 2019.

No período anterior (2018), Ribeirão Preto registrou 104 in­fecções e 23 vítimas fatais. Entre 2015 e este ano foram 317 casos e 60 mortes na cidade. Em 2020, a cidade registrou 3.172 ca­sos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) atribuídas ao vírus influenza e 970 óbi­tos. Neste ano já são 5.981 ocorrências e 2.042 mortes.

Vacina
As vacinas para a nova cepa do vírus influenza, de­nominada H3N2, deverão chegar ao país em março. A informação foi dada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante coletiva para anunciar a inclusão de crianças no Plano Nacional de Imunização contra a co­vid-19. “Ainda não temos es­sas vacinas específicas. Elas só chegam no final do pri­meiro trimestre”, diz.

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