Tribuna Ribeirão
Política

Luís França – Conselho de Ética tem novo integrante

ALFREDO RISK/ARQUIVO

Luís Antonio França (PSB) é o novo integrante do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Ribeirão Preto. Ele entra no lugar de Jean Co­rauci (PSB) que, há um mês, havia herdado o cargo de Sérgio Zerbinato (PSB) – renunciou por ser investigado pelo colegia­do acusado de promover a “ra­chadinha” em seu gabinete.

Já Jean Corauci deixou o conselho no final de dezembro porque, desde 1º de janeiro, é o primeiro vice-presidente do Le­gislativo. Diz que a nova função é incompatível. Vale lembrar que quando um vereador deixa o comitê, preferencialmente é nomeado outro parlamentar do mesmo partido. Por isso a esco­lha de França, do mesmo PSB de seus antecessores.

O atual Conselho de Ética é presidido por Maurício Vila Abranches (PSDB). O vice-pre­sidente é Brando Veiga (Repu­blicanos) e conta ainda com os vereadores Renato Zucoloto (PP) e Judeti Zilli (PT, Coletivo Popular). No dia 3 de fevereiro, quando terminar o recesso par­lamentar, a Câmara fará eleições para escolha dos novos integran­tes das 15 comissões Permanen­tes do Legislativo e do Conselho de Ética para o ano de 2022.

Mesmo durante o recesso parlamentar, o conselho con­tinua a investigar as denúncias contras os vereadores Sérgio Zerbinato e Duda Hidalgo (PT). Os trabalhos prosseguem com a realização de oitivas, de­poimentos de testemunhas e a análise de documentos ane­xados pelos acusadores e pela defesa dos parlamentares serão feitos neste período.

As duas resoluções que regulam o Conselho de Ética determinam que após a notifi­cação dos vereadores, eles têm 90 dias corridos para concluir as investigações e decidir se os parlamentares são inocentes ou culpados e sugerir as pena­lidades a serem adotadas em caso de condenação.

Neste caso, caberá ao ple­nário da Câmara dar a palavra final a partir do parecer elabo­rado pelo Conselho de Ética. No dia 24 de dezembro, mais uma resolução reafirmando a continuidade dos trabalhos, no recesso parlamentar, foi aprovada pelos vereadores.

No caso de Duda Hidal­go, o relator e responsável pelas investigações é Renato Zucoloto. Já em relação às denúncias contra Zerbinato o relator é Brando Veiga. O prazo máximo para conclu­são das investigações contra Duda Hidalgo – notificada no dia 25 de novembro – ter­mina em 22 de fevereiro. Já o de Zerbinato – notificado no dia 16 de dezembro – expira em 16 de março. Os dois par­lamentares já apresentaram suas defesas prévias.

Duda Hidalgo é acusada pelo munícipe Nilton Antonio Custódio de ter usado o vei­culo oficial a que tem direito – um Renault Fluence placas EHE 3406 – para participar de eventos particulares e par­tidários em outras cidades do Estado. O denunciante foi candidato a vereador pelo PTB nas eleições municipais do ano passado e teve 147 votos.

De acordo com as denún­cias, o veículo teria sido visto entre os dias 14 e 21 no mês de setembro nas cidades de Jun­diaí, Sorocaba, Mauá, Diade­ma e São Bernardo do Campo. Nos documentos protocolados o denunciante teria anexado có­pia da planilha de deslocamento do veículo da parlamentar, nos referidos dias, assinada por ela e que comprovariam o desloca­mento para estes locais.

Sérgio Zerbinato é acusado pela ex-assessora parlamentar Ivanilde Ribeiro Rodrigues de comandar, entre janeiro e agosto de 2021, o esquema dentro de seu gabinete. Ele é alvo também de dois pedidos de cassação de mandato impe­trados por dois munícipes em função das denúncias da práti­ca de rachadinha.

A beneficiária do suposto esquema seria a irmã do parla­mentar, Dalila Zerbinato. Ivanilde Ribeiro foi assessora parlamentar direta de Zerbinato, cargo co­missionado, com salário de R$ 7.973,42. Deste total, segundo ela, R$ 2 mil eram repassados para a irmã do parlametar. O acordo teria começado quan­do a mulher foi nomeada, em 4 de janeiro, e durou até o início de agosto, quando foi exonera­da do cargo. O Ministério Pú­blico Estadual (MPE) também investiga as denúncias.

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