Tribuna Ribeirão
Política

Aumento de fundos eleitoral e partidário é de 92,5%

A aprovação pelo Con­gresso dos valores dos fundos eleitoral e partidário garantiu às legendas brasileiras um montante inédito de recursos públicos no ano eleitoral de 2022. Um total de R$ 5,96 bi­lhões ficará à disposição dos partidos para o financiamen­to das campanhas e o custeio das agremiações. Este valor é a soma das duas reservas financeiras e representa um aumento de 92,5% em rela­ção a 2018, em valores corri­gidos pela inflação.

A distribuição dos recur­sos públicos entre os partidos é baseada, principalmente, no tamanho das bancadas eleitas na Câmara. Com isso, PSL e PT ficarão com as maiores fa­tias dos recursos públicos: R$ 604 milhões e R$ 594 milhões, respectivamente.

Somando-se ao montante que será destinado ao DEM (R$ 341,7 milhões), o União Brasil – legenda que nascerá da fusão dos dois partidos – contará com um quase R$ 1 bilhão em dinheiro público no ano que vem.

Articulada por Luciano Bi­var (PSL) e ACM Neto (DEM), a nova legenda aguarda refe­rendo da Justiça Eleitoral e se tornou um dos mais valiosos na eleição do próximo ano.

Pelo placar de 358 a 97 votos, a Câmara aprovou na terça-feira o relatório final do Orçamento de 2022, apre­sentado pelo relator, deputa­do Hugo Leal (PSD-RJ), que destinou R$ 4,9 bilhões para campanhas eleitorais no ano que vem e R$ 1,06 bilhão para o Fundo Partidário.

Com críticas ao valor do fundo eleitoral e do montan­te reservado às emendas do orçamento secreto, revelado em maio pelo jornal O Estado de S. Paulo, quatro partidos orientaram suas bancadas pela rejeição do Orçamento: PC­doB, PSOL, Novo e Podemos, do pré-candidato à Presidência da República Sergio Moro. Os demais orientaram voto “sim”.

No Senado, em votação que se estendeu até a noite, o texto enviado pela Câmara foi aprovado integralmente, sem destaques, por um placar de 51 votos a favor e 20 contrários. Podemos, Rede e Cidadania orientaram pela não aprovação do texto. PDT, PSDB e PROS liberaram as bancadas. Os de­mais partidos orientaram pela aprovação do texto.

O fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões para 2022 representa o maior volume de dinheiro pú­blico despejado em campanhas políticas na história. A cifra foi definida após negociações com líderes do Centrão, base do governo Bolsonaro, que resistiram em reduzir mais o valor, inicialmente previsto em R$ 5,1 bilhões pelo relator do Orçamento. O dinheiro poderá ser usado para pagar, por exemplo, viagens de can­didatos, contratação de cabos eleitorais e publicidade nas redes sociais.

Na comparação com 2018, o montante que inclui o Fun­do Partidário quase dobrou em termos reais, ou seja, comparando valores atuali­zados pela inflação.

Além do PT do ex-presi­dente Luiz Inácio Lula da Silva, outras legendas que abrigam os principais presidenciáveis serão turbinadas com dinhei­ro público no ano eleitoral: O PSDB do governador paulista João Doria terá um total de R$ 378,9 milhões; o PDT, de Ciro Gomes, R$ 299,3 milhões; o Podemos, de Sergio Moro, R$ 228,9 milhões. MDB, que lan­çou a senadora Simone Tebet (MS), e PSD, que ensaia uma possível candidatura do presi­dente do Senado, Rodrigo Pa­checo (MG), terão, respectiva­mente, R$ 416,9 milhões e R$ 397,6 milhões.

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