Tribuna Ribeirão
Economia

Açúcar, carne bovina e café são os vilões da inflação ao consumidor em 2021

MARCELLO CASAL JR./AG.BR.

Açúcar, maracujá, carne bovina e café em pó foram os vilões da inflação de alimen­tos em 2021, mostra levanta­mento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Os preços de alimentos só não subiram mais, no agre­gado, porque houve itens que ficaram mais baratos, com destaque para o arroz e diversas frutas.

As contas do Ibre/FGV fo­ram feitas com base nas varia­ções acumuladas em 12 me­ses até novembro do IPC-DI, componente do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna, que mede os preços ao consumidor.

A maior alta ficou com o açúcar refinado, 53,05% mais caro. Em seguida na lista das maiores altas vieram mara­cujá (52,02%), filé mignon (39,07%), café em pó (38,69%), alimentos preparados e con­gelados de carne bovina (33,71%), pimentão (31,68%), açúcar cristal (31,25%), fran­go em pedaço (28,68%) e fei­jão-fradinho (25,97%).

Embora o maracujá figure na lista dos principais vilões, o alívio foi garantido pelas fru­tas. Entre os preços em queda, o maior tombo foi visto nos preços do limão, com recuo de 18,50%.

Em seguida, vieram maçã, com queda de 16,30% e banana da terra, com declí­nio de 11,05%. O arroz ficou 8,27% mais barato. Também registraram queda banana nanica (-4,17%), feijão mula­tinho (-2,02%), uva (-1,84%), pernil suíno (-1,27%), sucos de fruta (-0,66%) e fígado bo­vino (-0,37%).

Em nota, o Ibre/FGV des­tacou que “boa parte da infla­ção que sofremos em 2021 é culpa do cenário climático que castigou a produção agrícola brasileira até meados de ou­tubro”. O impacto foi forte nas carnes, pois são a criação de animais, é “altamente depen­dente do milho e da soja para compor sua alimentação”.

“Mesmo agora com a melho­ria no cenário climático, há algu­ma demora no repasse da queda pela cadeia, além de outros custos que ainda impactam esse mer­cado, como o diesel em virtude do preço dos fretes”, diz a nota.

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