A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo confirmou mais dois novos casos da variante Ômicron do coronavírus no país. No domingo, 12 de dezembro, anunciou o primeiro importado no interior. Trata-se de uma mulher de 40 anos, residente em Limeira, e que viajou à África do Sul e à França em novembro.
Ela tem esquema vacinal completo e relato de apenas sintomas leves, como dor de cabeça, tosse e secreção nasal. Está sob monitoramento da Vigilância municipal de Limeira e em isolamento domiciliar, sem contato com marido e filho, que já tiveram resultado negativo para exame de PCR.
No sábado (11), a pasta anunciou o caso de um homem de 67 anos e sem deslocamento recente para outro país. Ele tem esquema vacinal completo e reforço com Pfizer/BioNTech, e apenas sintomas leves, como calafrio. O paciente teve diagnóstico positivo para covid-19 no dia 7 de dezembro.
Ele fez um teste de PCR e sua amostra foi submetida a sequenciamento genético, tendo a Ômicron como resultado. Ele está realizando isolamento domiciliar. A Vigilância municipal de São Paulo, com o apoio do Estado, está buscando os contactantes.
Ainda não é possível confirmar se a situação configura transmissão local, justamente porque está em curso esse mapeamento de contatos. Já são cinco casos de Ômicron confirmados em São Paulo. Os três anteriores eram importados, e todos os pacientes tinham vacinação completa e relato de sintomas leves ou assintomáticos.
O terceiro caso em São Paulo foi confirmado no dia 1º. Trata-se do passageiro da Etiópia que desembarcou em Guarulhos em 27 de novembro, quando testou positivo para covid-19. A amostra foi sequenciada geneticamente pelo Instituto Adolfo Lutz, instituição do governo paulista.
O homem de 29 anos foi testado no aeroporto ao desembarcar no país e não apresentava sintomas. Recebeu duas doses do imunizante da Pfizer e está bem. Foi mantido em isolamento domiciliar sem sintomas, sendo acompanhado pela divisão de vigilância do município de Guarulhos, local em que reside.
Os dois primeiros casos da variante Ômicron foram confirmados pelo Adolfo Lutz em 30 de novembro, após sequenciamento genético realizado pelo laboratório do Hospital Israelita Albert Einstein. Os casos são de um homem de 41 anos e uma mulher de 37, provenientes da África do Su, também com esquema vacinal completo.
Eles desembarcaram no Brasil no dia 23 e fizeram exame antes de embarcar novamente no dia 25 de novembro. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil já tem oito casos da variante Ômicron. Um é do Rio Grande do Sul, dois são do Distrito Federal e cinco, do estado de São Paulo. No total, são cinco homens e três mulheres, todos vacinados contra a covid-19. Eles estão isolados.
A Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) estadual, mantém o monitoramento do cenário epidemiológico em todo o território de São Paulo. O sequenciamento genético é um dos instrumentos desta atividade e permite identificar a presença das Variantes de Preocupação (VOC = Variant Of Concern) – Delta, Alpha, Beta, Gamma e Ômicron.
Os casos são acompanhados individualmente pelas equipes municipais de saúde e todo e qualquer agravo inusitado é monitorado pela vigilância estadual. Os quatro casos de Ômicron identificados em São Paulo até o momento evidenciam manifestação branda da covid-19, o que pode estar associado ao fato de que todos tinham concluído seu esquema vacinal (ou seja, tinham tomado imunizante de dose única ou duas doses para demais).