Segundo o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os valores médios dos combustíveis recuaram nos mais de 200 postos de Ribeirão Preto. De acordo com a pesquisa realizada entre 5 e 11 de dezembro, o litro do etanol está abaixo de R$ 5. A gasolina subiu e segue acima de R$ 6,40.
O preço médio cobrado pelo litro do álcool hidratado recuou de R$ 5,027 para R$ 4,948, queda de 1,6% em relação ao dia 4, depois de chegar a R$ 5,199 em 13 de novembro – o maior valor da história desde que a agência passou a pesquisar preços no município. O preço do litro da gasolina agora custa, em média, R$ 6,432.
A tendência é de estabilidade, com alta de apenas 0,2% em comparação com os R$ 6,418 cobrados anteriormente – lembrando que este é o preço médio, ou seja, tem posto cobrando mais ou menos pelo produto. A paridade entre os derivados de cana-de-açúcar e de petróleo continua acima do limite. Agora está em 76,9%, ante 78,3% do estudo anterior e depois de passar três semanas acima de 80% – chegou a 80,5% no dia 13 de novembro.
Nos últimos doze meses, até novembro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço da gasolina avançou 50,78% no país. O etanol acumula 69,40% no mesmo período, ante 49,56% do diesel. No ano, os acumulados são, respectivamente, de 48,50%, 67,18% e 46,51%.
O preço do hidratado recuou nas bombas de Ribeirão Preto, mas ainda tem posto bandeirado cobrando R$ 6,70 (R$ 6,697) pelo litro da gasolina. O álcool combustível agora custa R$ 5,20 (R$ 5,197), ante os R$ 5,40 (R$ 5,397) cobrados até o final de novembro, queda de 3,7% e R$ 0,20 a menos.
Nos sem-bandeira, a média para a gasolina saltou de R$ 6,40 (R$ 6,399) para R$ 6,36 (R$ 6,359), baixa de 0,6% e desconto de R$ 0,04. O litro do etanol caiu de 5,00 (R$ 4,999) para R$ 4,80 (R$ 4,799), baixa de 4% e desconto de R$ 0,20.
O consumidor deve pesquisar porque há variação para mais e para menos tanto nos bandeirados quanto nos independentes. Com base nos valores de R$ 5,20 para o derivado da cana e de R$ 6,70 para o do petróleo, a paridade está em 77,6%, recorde histórico, e não é vantajoso abastecer com álcool, já que o limite é de 70%.
Etanol recua nas usinas
Nas usinas paulistas, o álcool combustível registrou queda pela quinta semana seguida e o valor do hidratado agora está abaixo de R$ 3,35, depois de encostar em R$ 3,90. Baixou de R$ 3,4594 para R$ 3,3202, recuo de 4,02%. Em menos de três meses, o avanço ainda é de 1,56%, mas pode ser revertido nos próximos dias. O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – caiu 4,03%.
Agora está na casa de R$ 3,80. Recuou de R$ 4,0002 para R$ 3,8388. Ainda acumula alta de 1,49% em cerca de 80 dias, mas o quadro pode mudar. Os dados foram divulgados na sexta-feira (10) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).