A conclusão de quatro das 30 obras do Programa Ribeirão Mobilidade – a versão tucana do Programa Aceleração do Crescimento II – PAC da Mobilidade – terá um custo adicional de R$ 25.933.000 para os cofres da prefeitura de Ribeirão Preto, cerca de 28% a mais. A afirmação é do secretário municipal de Obras Públicas, Pedro Luiz Pegoraro.
A conclusão das obras pode ficar para o segundo trimestre de 2022, já que processos licitatórios deste porte levam cerca de 90 dias para serem concluídos devido à apresentação de recursos e só devem ser lançados no primeiro trimestre do ano que vem.
Contersolo Construtora e Coesa Engenharia paralisaram os serviços alegando aumento excessivo no preço dos insumos e desequilíbrio financeiro. A prefeitura já rescindiu os contratos com as antigas construtoras e aplicou multas no valor total de R$ 5.223.815,18 nas empresas.
A prefeitura de Ribeirão Preto está finalizando as novas licitações e as obras devem ser reiniciadas, segundo o governo Duarte Nogueira (PSDB), em março do próximo ano. Porém, a data prevista para conclusão das intervenções após o reinício não foi divulgada.
A prefeitura já pagou o valor referente a parte das obras realizadas, cerca de R$ 40.892.334,24, e a Secretaria Municipal de Obras Públicas afirma que o saldo remanescente das quatro obras sobre o qual incidirá o realinhamento é de R$ 51.866.000. Ou seja, a correção será de 50% ou aporte de R$ 25.933.000 em relação ao valor que ainda não foi desembolsado.
No final das contas, o contribuinte terá de arcar com despesa total de R$ 118.711.335,24. O valor total das obras era de R$ 92.778.335,24 e, com o reajuste anunciado, de R$ 25.933.000, vai passar de R$ 118 milhões, reajuste de 28%.
A lista de obras paradas inclui dois viadutos na avenida Brasil – um no balão da avenida Mogiana e outro na rotatória da Thomaz Alberto Whately, ambos na Zona Norte. Também traz a construção de um túnel sob a praça Salvador Spadoni, que vai ligar as avenidas Independência e Presidente Vargas. Vai passar por debaixo da avenida Nove de Julho, na Zona Sul.
Há ainda dois corredores de ônibus na Zona Norte, nas avenidas Dom Pedro I, no Ipiranga, e Saudade, nos Campos Elíseos. A Contersolo Construtora respondia pela construção dos viadutos e do túnel. A Coesa Engenharia era responsável pelos dois corredores de ônibus.
O contrato do viaduto da avenida Thomaz Alberto Whately era de R$ 13.284.955,62. A obra deveria ter sido entregue em junho deste ano. Já o viaduto da avenida Mogiana estava orçado em R$ 19.870.000 e deveria ficar pronto em janeiro deste ano.
O contrato do túnel da avenida Presidente Vargas era de R$ 19.882.700,02. A intervenção teve início em agosto do ano passado e deveria ficar pronta em dezembro de 2021. Já o valor dos dois corredores de ônibus na Zona Norte, nas avenidas Dom Pedro I, no Ipiranga, e Saudade, nos Campos Elíseos, era de R$ 39.740.679,60.
As obras começaram em janeiro do ano passado e deveriam ter sido entregues em janeiro de 2021. Tanto a Contersolo como a Coesa suspenderam os trabalhos alegando aumento do preço dos insumos – materiais de construção. O investimento total no Ribeirão Mobilidade se aproxima de R$ 500 milhões.
São R$ 310 milhões provenientes de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento II – PAC da Mobilidade Urbana e do Saneamento, do governo federal e, o restante do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa) e outras agências de crédito.
Ao todo, serão implantados onze corredores de ônibus em Ribeirão Preto, num total de 56 quilômetros percorrendo as principais avenidas do município, além de pontes, túneis e viadutos que irão proporcionar maior conforto a 4.154.118 usuários do transporte público.