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Mais de 150 milhões de vítimas de golpes de sites e aplicativos falsos

Nada para comemorar: só este ano, mais de 150 milhões de brasileiros fo­ram vítimas de golpes de sites e aplicativos na internet. Esse golpe, que a cada dia atinge mais pessoas, é conhecido como phishing, ou seja, de forma virtual, engana as vítimas com essas ferramentas falsas, se passando, por exemplo, por empresas tradicionais e até pessoas famosas.

Esses dados foram divulgados pelo laboratório especializado em cibersegu­rança da PSafe (que é uma empresa brasileira, líder no mercado de segurança digi­tal na criação de produtos para segurança cibernética de pessoas e empresas).

Busca por informações
O golpe acontece porque as pessoas acabam acessando sites ou recebem links via WhatsApp, e-mails; e acabam clicando, sem ter noção de que preen­chendo seus dados em uma página falsa, passarão, consequentemente, todas as informações confidenciais que os golpistas necessitam.
Nesses casos, os golpistas oferecem pelos sites, falsas promoções, brindes ou uma solicitação de atualização de aplicativo ou dados. Segundo o CEO da PSafe, Marco DeMello, as falsas promoções correspondem a 46% dos golpes aplicados no Brasil, o que equivale a 65 milhões de vítimas. Já em segundo lugar vêm os golpes bancários, que representam 12,45%, ou seja, 18 milhões de pessoas.
O vazamento de dados é o maior responsável pelo elevado número de gol­pes no Brasil. Então fique alerta às formas mais comuns de cair nesses golpes. Os mais usados são SMS, e-mail, aplicativos de mensagens, falsas solicitações de atualizações ou falsas páginas criadas em redes sociais.

Alerta
É preciso tomar cuidado, pois alguns phishings ainda induzem a vítima ao compartilhamento de links maliciosos, com a promessa de que, ao enviar esse link para outras pessoas, ela receberá algum benefício ou recompensa. Desta forma, cada dia mais as pessoas repassam os links, acreditando que estão le­vando vantagem ou desconto, e acabam encaminhando a amigos e conhecidos. E é comum essas pessoas acessarem, porque geralmente quem dissemina os links falsos são pessoas conhecidas, que sem saber, estão fazendo outras vítimas.

O antivírus resolve?
Um dos principais objetivos do phishing é tornar os equipamentos vulneráveis a ataques, tanto para empresas, colaboradores e pessoas, devido o potencial lucrativo que a comercialização dos dados da internet do mal traz para os criminosos. A inteligência artificial virou uma aliada dos hackers. Eles driblam os métodos antivírus que acabam não bloqueando essas ameaças. Então, mesmo com o antivírus, saiba que não está tão protegido como imagi­na. Exemplificando, não adianta ter o melhor sistema de alarme na sua casa e abrir a porta para o ladrão entrar.
A Serasa Experian informou que, a cada oito segundos, um brasileiro sofre uma tentativa de fraude — do golpe do delivery ao golpe do suporte técnico, passando também pelo golpe do falso pagamento de alguma coisa. Atendi nesta semana um rapaz que comprou uma moto. Ele viu a foto na moto, depois, para ter certeza de que não era golpe, foi ver a moto pessoalmente, encontrou com o suposto dono, gostou da moto e fez o depósito. Bom, estou entrando com o processo judicial para recuperar o dinheiro e denunciar o falsário, pois a moto era de outra pessoa. O dono mesmo da moto, não tinha nem conhecimento do que estava acontecendo.

Cuidado com golpes financeiros também!
Segundo informações da Psafe, as soluções de segurança da empresa blo­quearam mais de 3,4 milhões de golpes financeiros em 2021, o que representa uma média de mais de 11 mil por dia e de 400 por hora. Até parece roteiro de novela mexicana tamanha maldade, mas é real, e você pode estar sendo personagem desse golpe sem saber.
Utilizando os mesmos métodos, eles são transmitidos principalmente por SMS, e-mail e redes sociais, buscando os dados pessoais das vítimas para invadir e roubar suas contas bancárias digitais, a partir de empréstimos, pa­gamento de contas ou transferências. As mensagens enviadas tentam fazer o receptor acreditar que seu cartão do banco foi bloqueado, pedindo atualização de senha ou falsa oferta de benefícios financeiros, sempre com o nome da instituição bancária para gerar credibilidade.

É preciso ficar atento sempre!
Os tipos mais comuns de golpes são: – Boleto falso, mensagens de SMS pe­dindo atualizações cadastrais em bancos, perfil falso comercializando produtos que não são entregues, a criptomoeda pirâmide financeira ou marketing multiní­vel, onde o golpista promete retorno financeiro, desde que faça um depósito inicial, golpe do emprego onde pessoas preenchem cadastro com nome, endereço e telefone, usando como chamariz o FGTS ou Auxílio emergencial.

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