Tribuna Ribeirão
Geral

SVOI deixa de atender aos sábados

ALFREDO RISK/ARQUIVO

O Serviço de Verificação de Óbitos do Interior de Ri­beirão Preto deixará de fazer necropsia aos sábados, a partir de amanhã, 11 de dezembro. A informação do diretor do SVOI, médico Marco Aurélio Guimarães, consta de ofício encaminhado ao vereador Bertinho Scandiuzzi (PSDB).

O documento é uma respos­ta à solicitação do parlamentar, que questionou a situação do serviço em Ribeirão Preto. O SVOI realiza necropsias da ci­dade, especialmente aquelas sob investigação – criminal ou de acidentes, por exemplo –, e tem ainda como atribuição a emissão da declaração de óbi­to para os casos de ocorrência domiciliar, quando não há co­bertura do serviço de saúde.

O SVOI atende nas depen­dências do Centro de Medici­na Legal (Cemel) e é subordi­nado à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – ligada à Uni­versidade de São Paulo (USP). Em 2019, Uma Comissão Espe­cial de Estudos (CEE) foi insta­lada na Câmara para analisar a falta de funcionários e a redu­ção do horário de atendimento devido à falta de funcionários.

Antes, a unidade atendia 24 horas, e passou a abrir das sete da manhã às 19 horas. Quem revelou o déficit de mão de obra foi o próprio Marco Aurélio Guimarães, que havia deixado o cargo de diretor, função que exerceu anteriormente até agos­to de 2018, sendo substituído por Simone Gusmão Ramos.

O ofício tem data de 6 de de­zembro. Segundo o documen­to, com o pedido de demissão de uma médica patologista será necessária a suspensão do atendi­mento, pois não é possível repor as atividades exercidas pela profissio­nal. Agora, o SVOI conta somen­te com três médicos patologistas para atuar na execução dos di­ferentes exames necroscópicos.

“A situação, que já estava ruim, agora ficará insusten­tável, pois a partir de 11 de dezembro próximo, não ha­verá mais possibilidade de atendimentos aos sábados, dia escolhido para a ausência de profissional, em função do remanejamento da escala dos médicos remanescentes no serviço”, diz parte do ofício.

“O serviço poderá ainda ser mais afetado nos casos de fé­rias, licenças ou afastamentos dos profissionais (médicos ou técnicos) ainda vinculados ao SVOI, para cumprimento das exigências legais previstas na Consolidação das Leis Traba­lhistas”, afirma Marco Aurélio Guimarães no documento.

O diretor afirma, ainda, que a contratação de serviços terceirizados é inviável, tanto pela especialidade do trabalho a ser desenvolvido – necrop­sias – como pela irregulari­dade administrativa que seria gerada no caso de pagamento de serviços extraordinários pe­rante o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP).

“… informamos que, cada vez que houver uma situação limitante de funcionamento por ausência de funcionário médi­co ou técnico, em não havendo possibilidade de remanejamento de escala, haverá interrupção na execução dos exames necros­cópicos por parte do SVO, até adequação da escala de funcio­namento de forma definitiva”, diz outro trecho do ofício.

E conclui: “Reiteramos que não há mais espaço nem tem­po para soluções provisórias, uma vez que se fazem agora, emergenciais. Lamentamos pro­fundamente esta situação que foge ao nosso controle e capa­cidade administrativa”.

Para tentar reverter a situa­ção, Bertinho Scandiuzzi enca­minhou requerimento para a Secretaria Municipal de Saúde solicitando a intervenção junto ao governo do Estado de São Paulo, para que tome providên­cias urgentes na contratação de profissionais para o SVOI. O re­querimento foi aprovado pelos vereadores na sessão da última terça-feira, 7 de dezembro.

Depois da instalação da CEE na Câmara, cada unidade de saúde da rede municipal passou a ter um plantonista respon­sável por liberar as guias para preenchimento da causa morte. Também foi estipulado um pro­cedimento entre a prefeitura e o Serviço de Verificação de Óbito para que nenhum corpo seja direcionado para necropsia de maneira equivocada.

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