Tribuna Ribeirão
Esportes

Prefeitura quer criar a Fundação de Esportes

ALFREDO RISK

Está na pauta de votação da Câmara de Ribeirão Preto des­ta quinta-feira, 9 de dezembro, o projeto de lei complementar número 071/2021, de autoria do prefeito Duarte Nogueira (PSDB), que cria a Fundação de Esportes na cidade, com custo anual de R$ 491 mil.

Este valor – cerca de R$ 40,9 mil por mês – será neces­sário para bancar o preenchi­mento de três cargos de dire­ção e verba de representação de seus conselheiros fiscais, montante que será crescen­te mediante a viabilização de uma sede e da criação de mais funções administrativas.

A cidade já conta com a Secretaria Municipal de Es­portes, atualmente coman­dada pelo ex-vereador André Trindade (DEM), que, segun­do a Lei Orçamentária Anual (LOA), deveria receber R$ 15.582.041 este ano e mais R$ 15.014.881 em 2022. O Insti­tuto Ribeirão 2030 é contra a iniciativa e divulgou nota pú­blica nesta quarta-feira (8).

O documento será envia­do aos 22 vereadores de Ri­beirão Preto e também para o prefeito. Entende que a cria­ção da Fundação de Esportes não atenderá aos anseios da sociedade de Ribeirão Preto, sejam eles imediatos ou de longo prazo.

“Em que pesem os argu­mentos do Executivo, de que a fundação imprimirá agili­dade na contratação de pro­fissionais para o atendimento às demandas esportivas em nossa cidade, em especial nas camadas mais carentes, en­tendemos que o modelo pre­visto está arraigado a vícios administrativos e conceitos já ultrapassados”, diz.

“Apontamos, com base em experiências exitosas de outras cidades, que o cami­nho mais célere e eficaz para a oferta esportiva seria a contra­tação de projetos completos, dedicados a cada modalidade ou equipamento público, a partir do conhecimento pré­vio das principais demandas comunitárias”, prossegue.

“Caberia, ao poder pú­blico, o papel de fomentador do esporte, valendo-se de iniciativas já existentes na sociedade para a execução das atividades. Com editais de licitação bem formulados e fiscalização rigorosa, pode­rão ser contratados serviços de excelência, com a possi­bilidade de serem desconti­nuados ou modificados de acordo com as necessidades momentâneas”.

O instituto ainda diz que “pairam dúvidas sobre esse modelo, em especial sobre a eficiência e riscos de uso po­lítico futuro, quando outros mandatários ocuparem os cargos eletivos. Além disso, a criação da fundação não auxiliará nas restrições orça­mentárias existentes para o setor esportivo”.

“Tampouco será suficiente para driblar amarras buro­cráticas presentes na rotina administrativa. Pior: sua via­bilização, de fato, poderá se alongar por meses, atrasando ainda mais a execução de pro­jetos”. A entidade finaliza lem­brando que a cidade já dispõe de outras seis fundações.

São elas a Fundação de Formação Tecnológica (For­tec), Fundação Dom Pedro II, Fundação de Educação para o Trabalho (Fundet), Fundação Instituto Polo Avançado de Saúde (Fipsae), Instituto do Livro e Fundação Santa Lydia, que deveriam ser amplamente discutidas para verificar os benefícios à sociedade e a eventual neces­sidade de atualizações.

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