Tribuna Ribeirão
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SP vai exigir passaporte da vacina

VALTER CAMPANATO/AG.BR.

O Estado de São Paulo po­derá passar a exigir o passaporte vacinal contra a covid-19 a par­tir de 16 dezembro nos aeropor­tos internacionais de Cumbica (Guarulhos), Viracopos (Cam­pinas) e Congonhas (capital). A medida valeria também para o Porto de Santos.

De acordo com o governa­dor João Doria (PSDB), caso o governo federal não adote o passaporte até o dia 15, prazo estabelecido, os aeroportos e o porto passarão a fazer a exi­gência, mesmo tratando-se de espaços subordinados à admi­nistração federal.

Um ofício foi enviado pelo governo estadual ao Ministério da Saúde pedindo a adoção da obrigatoriedade da apresentação do comprovante de vacinação. A medida no território paulista atingiria boa parte dos viajan­tes que chegam ao Brasil, já que os três aeroportos respon­dem por dois terços do total de voos internacionais no país.

“Caso não seja implantado pelo governo federal a obriga­toriedade do passaporte vaci­nal para entrada de viajantes no Brasil até 15 de dezembro, São Paulo adotará para todo o Estado”, reforçou o governa­dor em suas redes sociais.

Doria confirmou também que enviou um ofício com a solicitação “imediata” ao Mi­nistério da Saúde. A prefeitu­ra de São Paulo fez o mesmo pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ao Planalto no último dia 24, graças ao avanço da variante Ômicron no país.

“O Brasil não pode ser o paraíso do negacionismo. Aqui, turismo de negacionis­mo só na mente desse minis­tro da Saúde e do presidente”, reforçou Doria. Paulo Me­nezes, coordenador do Cen­tro de Combate à Covid-19, frisou que a exigência da vacinação é uma forma de diminuir a taxa de transmis­sibilidade do coronavírus e suas variantes.

Questionado sobre a com­petência para adotar essa me­dida, uma vez que o geren­ciamento de fronteiras fica a cargo do governo federal, Do­ria alegou se basear na decisão do Supremo Tribunal Federal, que ainda no ano passado con­feriu aos Estados e municípios a autonomia para gerenciar as formas de combate à covid-19.

“Seja território fisicamente administrado pelo governo fe­deral ou municipal, por lei e en­dosso do STF, cabe aos governos estaduais o gerenciamento da pandemia. E para proteger vi­das, sim, faremos isso nos aero­portos mesmo sendo de admi­nistração federal. E o mesmo no Porto de Santos.”

A declaração de Doria marca um novo embate com o presidente Jair Bolsonaro, que na segunda-feira (6) declarou a intenção de assinar uma medi­da provisória para estabelecer que apenas o governo federal possa decidir sobre a obrigato­riedade do passaporte vacinal contra a covid-19.

No mesmo dia, ele desmar­cou uma reunião com a Anvisa para tratar do assunto e se exal­tou ao criticar os pedidos da agência. “Estamos trabalhando com a Anvisa, que quer fechar o espaço aéreo. De novo, p…? De novo vai começar esse ne­gócio?”, disse Bolsonaro.

Quarentena
Na terça-feira (7), o go­verno federal anunciou que vai exigir quarentena de cin­co dias para viajantes não vacinados contra a covid-19 que desembarcarem no Bra­sil. Apesar da recomendação da Agência Nacional de Vigi­lância Sanitária.

Ao comentar a possibilida­de de exigência de um certifi­cado de vacinação para viajan­tes que queiram entrar no país, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, avaliou que o en­frentamento à pandemia não diz respeito apenas a um docu­mento que mais causa discór­dia do que consenso.

Para ele, os países que identificaram as novas va­riantes não podem ser puni­dos com restrição aos seus cidadãos. O Brasil fechou as fronteiras aéreas para passa­geiros vindos da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Le­soto, Namíbia e Zimbábue.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil já tem seis casos da variante Ômicron.

Um é do Rio Grande do Sul, dois são do Distrito Fe­deral e três, do estado de São Paulo. No total, são quatro ho­mens e duas mulheres, todos vacinados contra a covid-19. Eles estão isolados. Há ainda oito suspeitas da variante em investigação no país.

A variante Ômicron do co­ronavírus já foi identificada em 57 países, informou o diretor­-geral da Organização Mun­dial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom. A expectativa é que esse número ainda aumente, disse nesta quarta-feira, em coletiva à imprensa.

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