A Companhia de Sapateado Pé na Tábua, de Ribeirão Preto, tem pela primeira vez, em sua trajetória, uma trilha sonora desenvolvida especialmente para o grupo, para seu mais recente espetáculo, “Atalhos”. Para isso, conta com o talento do compositor carioca João Callado (cavaquinhista, arranjador, diretor e produtor musical com CDs solo, CDs e DVDs com Teresa Cristina e Grupo Semente, além de várias participações em trabalhos de outros artistas).
A parceria foi concretizada em 2021, com apoio do ProAC – Produção de Espetáculo Inédito e Temporada de Dança 03/2020. Além de Callado, outro grande artista colabora nesta obra, Charles Raszl, percussionista corporal integrante do Grupo Barbatuques, é o provocador cênico de “Atalhos”. Atualmente ele reside na Itália.
Raszl vem se apresentando e promovendo workshops de “Música Corporal na Gestualidade das Danças Brasileiras” em diversos países como Alemanha, Suíça, Polônia, Turquia, França, China, Gana, Espanha e Itália, difundindo a pesquisa entre a música corporal e danças tradicionais brasileiras, desde 2013.
A segunda temporada online de “Atalhos” começa nesta quinta-feira, 9 de dezembro, e segue até domingo (12), no canal do YouTube da Cia Pé na Tábua (https://www.youtube.com/ciapenatabua), às 21 horas, e o acesso é gratuito. Conta com o recurso da audiodescrição.
Nesta sexta-feira (10), às 20h30, acontece a primeira apresentação presencial e aberta ao público da companhia na pandemia. Será na sede da Biblioteca Sinhá Junqueira, na rua Duque de Caxias nº 547, no Centro Histórico de Ribeirão Preto, telefone (16) 3323-7173.
A entrada é gratuita e não necessita de retirada de convite antecipado. A companhia é composta pelos sapateadores Renata Defina, Ana Luiza Yosetake e Rodrigo Lima. Para acompanhar todas as ações em andamento da Cia. Pé na Tábua, basta acompanhar as redes sociais @ciapenatabua (Instagram, Facebook e Youtube) e website www.ciapenatabua.com.br.
Espetáculo
“Atalhos” é fruto do processo investigativo plural da Cia. Pé na Tábua. Com provocações de Charles Raszl e trilha sonora de João Callado, o sapateado se impulsiona por meio do estudo coletivo em polirritmias, rítmicas brasileiras e percussão corporal. A partir do chão, e da composição gestual-percussiva-visual, há transposição das pulsações rítmicas de pés e mãos para toda a pele.
Propondo uma experiência cinestésica e uma estética minimalista da cena, composta pelo tablado de madeira e dramaturgia da luz, os elementos rítmicos brasileiros e a paleta de cores presentes no figurino, sapato e chão, destacam-se como solo fértil e amplo para essa obra que busca ampliar as escutas.