Tribuna Ribeirão
Geral

Viajantes não vacinados cumprirão quarentena

AMANDA PEROBELLI/REUTERS

Em meio a uma queda de braço com a Agência Na­cional de Vigilância Sanitá­ria (Anvisa) sobre restrições contra a covid-19 nas fron­teiras, o governo anunciou nesta terça-feira, 7 de dezem­bro, a edição de uma portaria para colocar quem chega ao Brasil sem estar vacinado em quarentena de cinco dias.

Os imunizados, por sua vez, não precisarão do iso­lamento. Os viajantes ainda precisarão apresentar um teste RT-PCR negativo feito 72 ho­ras antes de entrar no país. Em pronunciamento convocado às pressas no Palácio do Planalto, os ministros Marcelo Quei­roga (Saúde), Ciro Nogueira (Casa Civil) e Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União), no entanto, evitaram falar so­bre “passaporte da vacina” para não esbarrar na resistência do presidente Jair Bolsonaro.

Os ministros não deram detalhes sobre a portaria e não quiseram responder perguntas dos jornalistas. A opção pela quarentena a não-imuniza­dos acolhe uma sugestão da Anvisa. Em 12 de novembro, a agência enviou à Casa Civil notas técnicas sobre a entrada de viajantes ao Brasil: propôs a abertura das fronteiras para aqueles que comprovarem a va­cinação e quarentena de cinco dias para os não imunizados.

Após a quarentena, estran­geiros não vacinados poderão circular livremente pelo país e, eventualmente, se conta­minar pelo novo coronavírus em meio à ameaça da varian­te Ômicron. Bolsonaro, que diz não ter se imunizado, é crítico à exigência de com­provação de vacinação.

Mais cedo, ao comentar a pressão por mais restrições nas fronteiras para conter a varian­te Ômicron do coronavírus, o presidente se exaltou e men­tiu sobre as recomendações feitas pela Anvisa. “Estamos trabalhando com a Anvisa, que quer fechar o espaço aé­reo. De novo, p? De novo vai começar esse negócio?”, afir­mou, em tom elevado, duran­te evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com empresários do setor.

A agência, porém, não re­comendou fechar o espaço aéreo. Pouco depois, em outro evento, chamou a adoção do passaporte vacinal de “colei­ra”. “Tanta gente tem morrido, para que o passaporte vacinal? Essa coleira que querem colo­car no povo brasileiro. Cadê nossa liberdade? Eu prefiro morrer a perder a liberdade”, disse o presidente.

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