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Corrida presidencial

ROBERTO STUCKERT FILHO/GOVERNO FEDERAL

O cenário definitivo da próxima eleição presidencial, que tem o pri­meiro turno marcado para o dia 2 de outubro de 2022, ainda está longe de ser definido. Mas as articulações para a composição do tabuleiro po­lítico deste pleito já começaram e já contabilizam onze pré-candidatos.

Segundo a Justiça Eleitoral, os partidos podem realizar as con­venções partidárias para decidirem seus candidatos entre 20 de julho a 5 de agosto. Já o pedido de registro da candidatura deve ser feito até 15 de agosto. Conheça quem são os pré-candidatos que já anunciaram a intenção de concorrer ao cargo mais importante do país.

Jair Bolsonaro (PL)

MARCELLO CASAL JR./AG.BR.

O presidente da República saiu do PSL em no­vembro de 2019, partido pelo qual se elegeu, após desentendimentos com líderes da sigla. Depois de dois anos sem partido se filiou ao PL nesta se­mana. Nas eleições de 2018, Bolsonaro teve 49,2 milhões de votos no primeiro turno e 57,8 milhões no segundo turno.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

CASSIANO ROSÁRIO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O ex-presidente governou o país entre 2003 e 2010. Em 2018, não disputou as eleições, porque havia sido preso no processo do triplex do Guarujá. Em abril de 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações contra Lula, sob o argumento jurídico de que o caso não era de competência da Justiça Federal do Paraná. Lula tem tido compro­missos de pré-candidato, como conversas com potenciais aliados. Até o momento o seu nome não foi lançado oficialmente pelo partido.

João Doria (PSDB)

VALTER CAMPANATO/AG.BR.

No dia 27 de novembro, o governador de São Paulo, João Doria venceu as prévias internas do partido e foi anunciado como o pré-candidato para presidente. Tem feito duras críticas aos potenciais adversários Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva e tenta se viabilizar como a terceira via nas eleições do próximo ano.

Ciro Gomes (PDT)


Foi candidato a presidente da República pelo PDT em 2018, quando obteve 13,3 milhões de votos. Naquele ano se lançou como pré-candidato para 2022. O PDT diz que Ciro vai concorrer, mas ainda não houve um lançamento oficial.

Rodrigo Pacheco (PSD)

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente do Senado se filiou ao PSD em outu­bro de 2021. Na ocasião, o presidente do partido, Gilberto Kassab, já falava em Pacheco como pré­-candidato para presidente. Mas a decisão ainda não é oficial.

Sergio Moro (Podemos)

FÁBIO POZZEBOM/AG.BR.

O ex-juiz federal, responsável pela Operação Lava Jato no Paraná, e ex-ministro da Justiça do Gover­no Bolsonaro se filiou ao Podemos há algumas se­manas. Dias depois, declarou que é pré-candidato. Saiu do governo fazendo críticas ao presidente Jair Bolsonaro.

Simone Tebet (MDB)

© José Cruz/Agência Brasil

Senadora pelo Mato Grosso do Sul foi anunciada pelo MDB como pré-candidata do partido – no fim de novembro – pelo presidente nacional da legenda, o deputado federal Baleia Rossi. Tebet ganhou projeção nacional com atuação na CPI da Covid-19, da qual participou como representante da bancada feminina no Senado. Também é uma das líderes da bancada feminina.

Alessandro Vieira (Cidadania)

Pedro França/Agência Senado

O senador pelo estado de Sergipe anunciou em setembro que seria pré-candidato. Ganhou noto­riedade em razão de sua participação na CPI da Covid-19.

André Janones (Avante)

Ricardo Albertini/Câmara dos Deputados

O deputado federal por Minas Gerais foi escolhido pelo diretório do partido em novembro, como o pré-candidato.

Felipe d’Ávila (Novo)

Reprodução Instagram

O partido lançou no início de novembro o cientis­ta político Felipe d’Ávila como pré-candidato da legenda. Em 2018, o ex-presidente da sigla João Amoêdo ficou em quinto lugar, com 2,5% dos votos.

Cabo Daciolo (Brasil 35)

Alex Ferreira / Câmara dos Deputados

O ex-deputado filiou-se ao partido Brasil 35 em outubro de 2021. Ele foi candidato em 2018 e obteve 1,3 milhão de votos.

Sociedade civil lança frente para garantir que as eleições sejam respeitadas
O Pacto pela Democracia, coalizão com 188 organizações da sociedade civil, lançou na semana passada, o manifesto “Um pacto por eleições livres, íntegras e pacíficas em 2022” convocando diferentes setores da sociedade para assumirem um compromisso de enfrentamento às mazelas que ameaçam os direitos democráti­cos e colocam em risco as eleições de 2022.

Segundo o documento, durante os últimos dois anos, o Brasil sofreu incessantes ata­ques ao Estado Democrático de Direitos, e o Pacto se posicionou, denunciou e enfrentou estes ataques para garantir que esses direitos fossem mantidos.

Para as eleições de 2022, a coalizão reuniu centenas de organizações de sua rede para defenderem pautas que garantam eleições livres e íntegras. As fake news são um dos tópicos a serem combatidos.

O manifesto destaca as principais iniciativas levantadas pela rede. Entre elas estão o enfren­tamento às estratégias de desinformação; o zelo pela segurança de candidatas e candidatos em todos os cantos do país, especialmente de mulheres, pessoas negras, indígenas, quilombo­las, LGBTQIA+; a fiscalização pela transparência dos gastos eleitorais de campanha; e, por fim, a garantia de que os resultados das urnas sejam plenamente respeitados.

“Essa tarefa não seria tão desafiadora se vivêssemos sob o mínimo de normalidade democrática. Todos e todas conhecemos as ameaças de golpe que foram reiteradamente proferidas, a sistemática campanha de des­legitimação do sistema eleitoral, os ataques constantes às instituições da República, o aparelhamento de organismos militares e de segurança pública, a ampliação do armamento da população e o aumento da violência política contra populações historicamente vulnerabiliza­das”, diz parte do documento.

Para aderir ao movimento o interessado deve acessar o endereço www.pactopelademocracia. org.br

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